"Pelas circunstâncias do lance, do ângulo de sua visão, não tinha outra medida senão aplicar a medida disciplinar adotada. Devemos levar em consideração o que acontece em campo e não somente o que se vê repetidas vezes pela TV", afirmou à reportagem o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Marcos Marinho.
No lance, o são-paulino é pressionado por Léo, do Fluminense, enquanto conduz a bola em direção ao campo de defesa tricolor, atrás da linha do meio-campo. Após tocá-la para trás, o camisa 9 abre o cotovelo e, aparentemente, atinge o adversário, que desaba no gramado levando as mãos ao rosto. Imediatamente, Dewson corre em direção a Diego Souza e aplica o vermelho direto.
Pelas imagens de TV, percebe-se que Diego Souza não acerta em cheio o oponente, e o braço parece pegar no peito do jogador. Indignado, o clube afirmou que prestaria uma queixa formal na CBF contra o juiz da partida. Até a tarde de segunda-feira, momento em que a reportagem contatou o chefe da arbitragem da entidade, ele disse não ter recebido nada.
Questionado sobre o que era analisado pela Comissão de Arbitragem em casos de reclamações formais dos clubes contra os árbitros, Marinho respondeu: "Todas as possibilidades. Concluído que não houve um equívoco por deficiência ou inobservância das orientações, o árbitro ou equipe seguem normalmente nas atividades".
Dewson Freitas relatou na súmula da partida ofensas que o superintendente de relações institucionais do São Paulo, o ex-zagueiro Diego Lugano, teria proferido à equipe de arbitragem no intervalo, no túnel de acesso aos vestiários.
Depois do duelo, o técnico Diego Aguirre disse que a expulsão havia impedido a vitória do São Paulo no Morumbi: "O principal motivo para não ganharmos foi essa decisão do juiz. Depois disso, o time teve coração e identidade para lutar. Não é justo quando trabalhamos e damos o máximo para ganhar o jogo. Um erro dessa forma afeta todo o jogo".