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Santos vive pressão interna para virar SAF e detalha negociação com qataris

Durante reunião do Conselho Deliberativo, presidente Andres Rueda fala sobre a ideia de parceria com a QSI

28/06/2023 07:00 / atualizado em 28/06/2023 00:42
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Nasser Al-Khelaifi tem conversas em andamento com o Andres Rueda
foto: Iconsport

Nasser Al-Khelaifi tem conversas em andamento com o Andres Rueda

Diante da crise financeira que assola o Santos e do péssimo momento vivido pelo peixe na temporada, os conselheiros do clube começam a acreditar que a única saída para evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro é com o presidente Andres Rueda vendendo um percentual do alvinegro.

Durante a reunião do Conselho Deliberativo, na noite desta terça-feira (27), alguns membros do órgão fizeram tal pedido ao mandatário, que explicou as conversas que tem com o fundo de investimento catari QSI e outros grupos.



Segundo Rueda, o Santos desenvolveu um projeto que foi apresentado à empresa dona do Paris Saint Germain (PSG) e outras instituições. Mas salientou que até o momento nenhuma oferta para vender uma fatia das ações do peixe chegou à sua mesa.

- Criamos um modelo de parceria que fosse interessante para o clube, sem venda, com o sócio sendo majoritário. O modelo prevê aporte de dinheiro de um parceiro, com um percentual minoritário do clube, mas com recursos para o futebol. Precisamos de investimento pesado no futebol. Conseguindo isso, conseguimos pagar as contas. Desenhamos o modelo, apresentamos a algumas entidades e estamos conversando para saber se sai negócio ou não. Recebendo o ok, traremos ao Conselho e apresentaremos para aprovação ou não - falou Rueda na reunião.

- Essa gestão não tem a mínima vontade nem pretensão de vender o clube, não passa pela cabeça. É um projeto que se discute desde a Copa do Mundo e mantivemos sigilo até onde foi possível. O problema é que no Santos tudo vaza, infelizmente vazou -, seguiu o dirigente.

Santos provocou a QSI


Rueda ainda detalhou que as conversas com a QSI, assim como ocorre com outras empresas, começaram após a procura por parte do Santos.

- Não é que veio proposta da QSI. Falaram do Milan (ITA), mas não veio nada. O Santos desenhou a parceria e foi atrás de eventuais parceiros que se interessassem no modelo. O Santos foi atrás propondo o modelo de parceira. Alguns estão pensando, estão perto de mandar proposta e, se chegar formalmente, levaremos ao Conselho para votar. Antes disso é hipótese. Não caiu nada do céu, o Santos que provocou isso -, disse.



O presidente do Santos garantiu que não tem interesse de tirar o poder dos associados com a venda de maior percentual das ações do clube para um investidor, como já fizeram Red Bull Bragantino, Botafogo, Vasco, Bahia e Coritiba.

- Eu sempre fui contra a venda da totalidade ou da maioria das ações do Santos. Não acredito que um time construído em 111 anos, com sangue, suor e lágrimas, se transforme por necessidade econômica. Sou contra a venda na totalidade ou maioria, mas a receita corrente do futebol é menor do que a despesa. Se não tivermos solução para quebrar o paradigma, sempre brigaremos contra o orçamento e vendendo jogadores. Mas não podemos só equilibrar contas, temos que ter patamar acima, brigando por competições - encerrou o dirigente santista.
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