Durante a reunião do Conselho Deliberativo, na noite desta terça-feira (27), alguns membros do órgão fizeram tal pedido ao mandatário, que explicou as conversas que tem com o fundo de investimento catari QSI e outros grupos.
Segundo Rueda, o Santos desenvolveu um projeto que foi apresentado à empresa dona do Paris Saint Germain (PSG) e outras instituições. Mas salientou que até o momento nenhuma oferta para vender uma fatia das ações do peixe chegou à sua mesa.
- Criamos um modelo de parceria que fosse interessante para o clube, sem venda, com o sócio sendo majoritário. O modelo prevê aporte de dinheiro de um parceiro, com um percentual minoritário do clube, mas com recursos para o futebol. Precisamos de investimento pesado no futebol. Conseguindo isso, conseguimos pagar as contas. Desenhamos o modelo, apresentamos a algumas entidades e estamos conversando para saber se sai negócio ou não. Recebendo o ok, traremos ao Conselho e apresentaremos para aprovação ou não - falou Rueda na reunião.
- Essa gestão não tem a mínima vontade nem pretensão de vender o clube, não passa pela cabeça. É um projeto que se discute desde a Copa do Mundo e mantivemos sigilo até onde foi possível. O problema é que no Santos tudo vaza, infelizmente vazou -, seguiu o dirigente.
Santos provocou a QSI
Rueda ainda detalhou que as conversas com a QSI, assim como ocorre com outras empresas, começaram após a procura por parte do Santos.
- Não é que veio proposta da QSI. Falaram do Milan (ITA), mas não veio nada. O Santos desenhou a parceria e foi atrás de eventuais parceiros que se interessassem no modelo. O Santos foi atrás propondo o modelo de parceira. Alguns estão pensando, estão perto de mandar proposta e, se chegar formalmente, levaremos ao Conselho para votar. Antes disso é hipótese. Não caiu nada do céu, o Santos que provocou isso -, disse.
Rueda mais uma vez sobre reforços:
%u2014 Bruno Lima (@unollima) June 28, 2023
"Vamos fazer contratações com mais fôlego financeiro. Contratar atletas mais qualificados. As contratações que fizemos foram parceladamente e, se não fosse assim, nem esses estariam aqui. Agora que estamos respirando melhor a régua vai subir".
O presidente do Santos garantiu que não tem interesse de tirar o poder dos associados com a venda de maior percentual das ações do clube para um investidor, como já fizeram Red Bull Bragantino, Botafogo, Vasco, Bahia e Coritiba.
- Eu sempre fui contra a venda da totalidade ou da maioria das ações do Santos. Não acredito que um time construído em 111 anos, com sangue, suor e lágrimas, se transforme por necessidade econômica. Sou contra a venda na totalidade ou maioria, mas a receita corrente do futebol é menor do que a despesa. Se não tivermos solução para quebrar o paradigma, sempre brigaremos contra o orçamento e vendendo jogadores. Mas não podemos só equilibrar contas, temos que ter patamar acima, brigando por competições - encerrou o dirigente santista.