2

Santos terá Falcão como interino; relembre o histórico dele como técnico

O último trabalho do ex-jogador como técnico foi em 2016, no Internacional, ano em que o colorado foi rebaixado

22/06/2023 21:27
compartilhe
Falcão será o técnico interino do Santos no confronto de domingo (25), na Vila, contra o Flamengo
foto: Raul Baretta/Santos FC

Falcão será o técnico interino do Santos no confronto de domingo (25), na Vila, contra o Flamengo

Após a decisão de demitir Odair Hellmann, o presidente Andres Rueda foi convencido pelo coordenador de futebol Paulo Roberto Falcão e, em reunião na tarde desta quinta-feira (22), optou por colocá-lo interinamente no comando do Santos. Inicialmente a ideia é ter Falcão na função somente no confronto de domingo (25), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Flamengo, na Vila Belmiro, que terá portões fechados à torcida.



Mas a permanência do ex-jogador no cargo vai durar até a diretoria encontrar um novo treinador para o restante da temporada.

A informação de que o Santos será comandado interinamente pelo coordenador de futebol foi publicada inicialmente pelo ge.com e confirmada pelo Superesportes.

O elenco será comunicado do trabalho interino nesta sexta-feira (23), durante a reapresentação no CT Rei Pelé, às 9h (horário de Brasília).



Falcão assume a equipe depois de sete anos sem trabalhar como treinador.

O seu último clube como técnico foi o Internacional, em 2016. Esse trabalho foi passageiro. Durou menos de um mês. Foram cinco partidas com três derrotas e dois empates.

No final daquele ano o Internacional foi rebaixado para a Série B do Brasileirão.

Falcão foi demitido duas vezes em 2016


Antes disso, ainda em 2016, Falcão também foi demitido do Sport.

Contratado em setembro de 2015, o novo interino do Santos permaneceu no clube pernambucano até abril de 2016. Ele foi dispensado após a eliminação do Sport na Copa do Nordeste para o Campinense.

Foram 34 partidas e aproveitamento de 55%.

Falcão quebrou jejum de títulos no Bahia


Em 2012, Falcão comandou o Bahia e levou a equipe ao título estadual depois de 11 anos sem conquistas. Após a conquista, o então treinador não suportou a sequência negativa no início do Campeonato Brasileiro daquele ano.

Nas dez primeiras rodadas daquele campeonato, o Bahia conquistou apenas uma vitória. A demissão ocorreu após sofrer uma goleada por 4 a 0 para o Fluminense, no Rio de Janeiro.

Falcão já escalou goleiro como centroavante


O trabalho mais vitorioso de Falcão como treinador foi no América (MEX), entre 1991 e 1993. Por lá conquistou a Copa Interamericana em 1991 e a Copa dos Campeões da CONCACAF em 1992.

 

Um episódio inusitado no México foi o dia em que escalou um goleiro como atacante.

- Tínhamos dificuldade de centroavante. O que tínhamos estava machucado, fora de forma, mas tinha que jogar. Eu tinha um goleiro de 1,98m que fazia gol nas brincadeiras, disputava bem nos treinos. Disse a ele para fazer uma camisa de centroavante e colocar por baixo da de goleiro. Mas pedi que não comentasse com ninguém - falou o interino em entrevista coletiva durante uma das três passagens pelo Internacional.

- Ele entrou de centroavante. Cruzamos uma bola na área, todo mundo ficou preocupado, deu uma confusão, deu um branco no adversário. Aí teve uma falta. Houve o cruzamento, ficou todo mundo preocupado com o Chávez e a bola entrou direto - completa ele ao lembrar que o gol fez o seu time vencer o Querétaro (MEX), por 2 a 1.

Primeiro emprego foi na seleção


Antes dessas experiências, Falcão começou a carreira como treinador na seleção brasileira.

Depois da frustrante campanha do Brasil na Copa do Mundo de 1990, disputada na Itália, em que a seleção foi eliminada pela Argentina, Falcão foi convidado para substituir Sebastião Lazaroni e promover uma renovação na equipe nacional.

A experiência não foi longa. Com o novo interino do Santos à beira do campo, o Brasil foi vice-campeão da Copa América de 1991. Meses depois, Falcão não suportou a pressão dos maus resultados e foi demitido.

Carlos Alberto Parreira foi contratado e levou o Brasil ao tetracampeonato mundial em 1994, ano em que o interino santista comandou a seleção japonesa por dez jogos.
Compartilhe