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Entenda o modelo de jogo de Fabián Bustos, novo técnico do Santos

Treinador deve estrear no dia 5 de março contra a Ferroviária pelo Campeonato Paulista

26/02/2022 09:06 / atualizado em 26/02/2022 09:13
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Fabián Bustos gosta do 4-2-3-1, com saídas variadas
foto: MAURO PIMENTEL / POOL / AFP)

Fabián Bustos gosta do 4-2-3-1, com saídas variadas

Santos tem um novo técnico para o andamento da temporada de 2022. Fabián Bustos já foi anunciado e deve estrear no dia 5 de março contra a Ferroviária. Sua chegada ao Brasil está marcada para a próxima segunda-feira.

O analista Henrique Mathias atendeu a reportagem da Gazeta Esportiva e explicou os princípios básicos do modelo de jogo do novo treinador do Peixe.



"Ele gosta do 4-2-3-1, com saídas variadas. Gosta de um jogo curto, muitas vezes sustentando os dois laterais abertos e os dois volantes próximos. Por vezes, faz um quadrado de saída também com os volantes próximos por dentro e os laterais liberados para avançar ainda mais", comentou Henrique.

Mas, mesmo assim, Bustos não descarta ligações diretas para seu atacante. "Digamos que quer sair curto, mas está apertado? Diminui risco e lança para o campo ofensivo."

Duas figuras são importantes dentro do modelo ofensivo de Bustos: o meia central e o atacante. "Dentro de todas essas variações, o seu 10 nesse 4-2-3-1 é muito importante para receber o "segundo passe", essa bola na segunda zona de construção". Vale lembrar que Damián Díaz fez muito sucesso no seu Barcelona-EQU.

"Ele gosta de um 9 móvel. Ligação direta é algo que ele trabalha bem, mas seu 9 tem que se movimentar muito para oferecer opção de passe", complementou o analista.

Em relação ao sistema defensivo, Bustos adota abordagens agressivas de marcação, priorizando bloco médio ou alto. "Ele é focado nas recuperações em campo ofensivo. Primeiro para acelerar logo em sequência e também buscando evitar a todo custo que a bola entre em seus 30 metros finais de campo", disse.

Porém, é importante ter em vista que o time de Bustos pode ter problemas com a transição defensiva. "É comum ver uma recomposição lenta e por vezes descoordenada. Sofre com os atacantes rivais explorando as costas de seus zagueiros". A bola parada defensiva também é um ponto de atenção.

Para Henrique. alguns jogadores podem se beneficiar com a chegada de Bustos. "Acho que ele vai gostar muito do Lucas Pires e usar ele bem aberto. Ângelo vai crescer jogando mais por dentro, Vinicius Baliero é um cara que vejo sendo lateral-direito com ele em alguns casos. Acredito que o time será potencializado no aspecto ofensivo, mas o Goulart deve ser quem mais vai sentir o impacto positivamente, seja como 9 ou 10 que ajuda na criação", finalizou.

Aos 52 anos, Bustos fez toda a sua carreira como técnico no Equador. Os seus trabalhos de maiores expressões foram no Delfin, de 2014 a 2019, e no Barcelona, de 2020 até então.

Pelo clube de Guayaquil foram 90 jogos, com 43 vitórias, 23 empates e 24 derrotas, além de 133 gols marcados e 83 sofridos.
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