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Santos desafia força do Boca Juniors para ir à 5ª final da Libertadores

Equipes se enfrentam nesta quarta-feira, às 19h15, na Vila Belmiro, em confronto válido pelo jogo da volta das semifinais

postado em 13/01/2021 09:09 / atualizado em 13/01/2021 10:42

(Foto: Divulgação/ Conmebol)

De candidato ao rebaixamento no início do Campeonato Brasileiro ao protagonismo no futebol continental na temporada 2020, o Santos pode concluir nesta quarta-feira essa transformação, quando receberá o Boca Juniors, às 19h15, na Vila Belmiro, para o segundo jogo das semifinais da Copa Libertadores
Caso tenha êxito, se classificará para a quinta decisão do torneio, a primeira desde 2011, quando foi campeão pela terceira vez. E teria em 30 de janeiro, no Maracanã, a chance de se tornar o único brasileiro tetracampeão. Mas terá um duro desafio para isso. Afinal, após o 0 a 0 na Bombonera, precisa superar uma time que sofreu apenas três gols na competição e que tem se destacado nesta edição por sua força como visitante, com seis vitórias, dois empates e apenas uma derrota.
 
 
 
Qualquer igualdade com gols classifica o Boca, seis vezes campeão da Libertadores e em busca da sua 12.ª decisão, tendo sido a última em 2018. E duas delas diante do Santos, que se deu melhor em 1963 e levou o troco em 2003. Agora, o time quer ficar a um passo de igualar o recorde de títulos do Independiente.

Eliminado nas quartas de final do Paulistão, nas oitavas da Copa do Brasil e em oitavo lugar no Brasileirão, o Santos tem a Libertadores como esperança de voltar a ser campeão nesta temporada - sua última conquista foi o Estadual de 2016. A ida à final da Libertadores premiaria o trabalho do técnico Cuca de unir o elenco em torno da briga pelo título da competição.

Nos últimos meses, o Santos sofreu com grave crise financeira, teve o então presidente José Carlos Peres afastado por impeachment, foi proibido de contratar por dívidas e teve de se esforçar nos últimos dias para não perder os zagueiros Lucas Veríssimo e Luan Peres antes de encarar o Boca Juniors.

"A gente tem tido um espírito decisivo na maioria dos jogos da Libertadores. Até no jogo contra a LDU, que a gente perdeu, nós jogamos bem. Foi um dia que a bola não entrou. Nós temos a nossa maneira de jogar, não vamos fugir dela. Estamos em um estágio até melhor porque a gente tem amadurecido dentro da competição, o que é muito importante também para seguir adiante", disse Cuca, campeão da Libertadores de 2013 pelo Atlético-MG, ao site oficial do clube.

O clube tem priorizado a Libertadores nas últimas semanas, tanto que escalou os reservas no domingo, no clássico contra o São Paulo. Há duas exceções: o goleiro João Paulo, que assumiu a titularidade após John contrair o coronavírus, e a principal dúvida de Cuca. Tanto Sandry como Lucas Braga, que foi titular na Bombonera, começaram jogando no fim de semana e agora disputam uma vaga no time.

A definição do escolhido por Cuca determinará o posicionamento de Soteldo, dividindo com ele a tarefa de acionar Marinho e Kaio Jorge, autores de 9 dos 17 gols do time na Libertadores. De qualquer forma, tendo sido titular nos últimos dez jogos e não sendo nem poupado no Brasileirão, Lucas Braga é o favorito para permanecer no time.

Embora aposte no seu quarteto ofensivo, Cuca também quer um time seguro defensivamente, pois sabe que se o Santos for vazado, terá dificuldades extras para derrotar o adversário. "Tem que ser um jogo defensivamente seguro, consistente, como foi na Bombonera. É um jogo para atacar, mas para saber defender também Não vamos ganhar naturalmente, vamos sofrer. Temos de estar preparados para isso", disse.

No Boca, o técnico Miguel Ángel Russo, último treinador campeão da Libertadores pelo clube, em 2007, terá o elenco completo com o retorno do colombiano Jorman Campuzano, o que deverá levá-lo a sacar Nicolás Capaldo, Diego González, ou Eduardo Salvio, o principal candidato a deixar a formação do meio-campo.

No último sábado, o time se garantiu na decisão da Copa Diego Maradona e agora buscará disputar mais uma decisão. "Este grupo está muito bem, principalmente mentalmente. É grande a exigência física e mental que temos, porque sempre temos a obrigação de no mínimo chegar à final", declarou o treinador.

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