Com o resultado, a equipe santista chegou aos 51 pontos na terceira colocação, dois atrás do Palmeiras e dez a menos que o líder Flamengo. Os cearenses continuam com 26 pontos e seguem flertando com a zona do rebaixamento.
O jogo
Em seu 53.º jogo no comando do Santos, Sampaoli escalou a 51.ª formação diferente. O argentino colocou o time no esquema 3-4-3. No começo da partida, deu a impressão de que a mobilidade de Sánchez, o talento de Tailson e a habilidade de Soteldo poderiam levar o time a uma vitória tranquila.
Mas o que o treinador não planejou é que o pesado trio de zagueiros formado por Luan Peres, Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique pudesse ser superado pelo veloz ataque cearense. Logo aos 17 minutos, Lima recebeu pela meia esquerda e disparou um lindo chute colocado, que superou Everson.
O Santos sentiu o gol, ficou irritado e passou a sofrer críticas por parte da pequena torcida que compareceu à Vila Belmiro. As jogadas passaram a não sair mais e o Ceará, ao contrário de outros adversários, não sofreu com o assédio do time de Sampaoli. Pior.
Fora de controle, os santistas reclamaram, sem razão do árbitro Rafael Traci, e Sánchez recebeu cartão amarelo, depois do apito final da primeira etapa. "Estou feliz pelo gol. Vamos ver o que o professor (Adilson Batista, técnico) vai falar para não tomarmos o gol no segundo tempo e, se possível, fazer o segundo", afirmou Lima, que fez o seu primeiro gol no campeonato.
O Santos retornou no 4-4-2, com Pará na lateral-direita e Luan Peres, na esquerda. No ataque, o canhoto Tailson foi para a esquerda e Soteldo ficou na direita. Mas o Ceará que criou o primeiro momento perigoso, aos quatro minutos. Felipe Baxola obrigou Everson a fazer grande defesa.
Aos seis, Sampaoli trocou Jorge por Luan Peres e o Santos se equilibrou em campo. O empate não demorou. Sasha, de cabeça, aproveitou pelo cruzamento de Carlos Sánchez e fez o primeiro do Santos, aos dez minutos. Foi o décimo gol do atacante, artilheiro do time na competição.
A partir daí, o jogo ficou com domínio do Santos, enquanto o Ceará, já sem a mesma força física, ameaçou apenas em raros contra-ataques.
Com a retranca cearense, o Santos apostou na velocidade do baixinho Soteldo, que criou jogadas não aproveitadas pelos companheiros de ataque. Mas quem tem Sánchez, tem um jogador diferente.
SANTOS 2 X 1 CEARÁ
SANTOS
Everson; Luan Peres (Jorge), Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique; Diego Pituca, Jobson (Pará), Evandro (Jean Mota) e Carlos Sánchez; Tailson, Eduardo Sasha e Soteldo
Técnico: Jorge Sampaoli
CEARÁ
Diogo Silva; Samuel Xavier, Luiz Otávio, Tiago Alves e João Lucas; Fabinho (Valdo), Pedro Ken, William Oliveira e Felipe Baxola; Lima (Bergson) e Thiago Galhardo (Juninho Quixadá)
Técnico: Adilson Batista
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: quinta-feira, 17 de outubro
Árbitro: Rafael Traci (SC)
Público: 7.804 presentes
Renda: R$ 305.445
Cartões amarelos: Jobson, Carlos Sánchez, Gustavo Henrique (SAN); William Oliveira, Thiago Galhardo, Fabinho e Samuel Xavier (CEA)
GOLS: Lima, aos 17min do 1ºT; Eduardo Sasha, 10, Gustavo Henrique, aos 38min do 2ºT.