Uma das promessas do futebol brasileiro, o atacante Estêvão Willian, também conhecido como Messinho, assinou o primeiro contrato profissional com o Palmeiras. O vínculo entre o Verdão e o ex-atleta do Cruzeiro é válido até abril de 2026 - tempo máximo permitido para o primeiro acordo de jogadores menores de idade.
Os termos do contrato de Estêvão com o Palmeiras estavam definidos desde 2022. A assinatura defendia apenas do aniversário de 16 anos do garoto, o que ocorreu nessa segunda-feira (24/4).
Anteriormente, Estêvão tinha somente um contato de formação com o Palmeiras, já que a legislação nacional não permite que um atleta abaixo de 16 anos assine um vínculo profissional.
"Hoje é um dia muito especial na minha vida. Agradeço ao Palmeiras, aos meus representantes e à minha família, por sempre estarem do meu lado. O Palmeiras é um clube gigante, que oferece toda a estrutura necessária para os seus atletas, e o meu maior objetivo é conquistar muitos títulos pelo clube", declarou o jovem atacante.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, esteve presente na assinatura do contrato e exaltou o potencial de Estêvão.
"É um jogador talentoso, com imenso potencial e extremamente identificado com o Palmeiras. Oferecemos todas as condições para que ele continue se desenvolvendo e dê muitas alegrias ao nosso torcedor. O Palmeiras é um clube que aposta na formação e valoriza os seus jovens jogadores. Temos certeza de que cada vez mais crias da Academia reforçarão a nossa equipe principal nos próximos anos", declarou a mandatária.
Após passagem pelo Cruzeiro, Estêvão chegou ao time palestrino em 2021. Na temporada seguinte, foi campeão paulista sub-15 e sub-17. Ele também conquistou o Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil Sub-17, com 23 gols e oito assistências em 34 jogos, sendo artilheiro da categoria. No sub-20, participou do título da Copa São Paulo deste ano com o Palmeiras.
Propostas do exterior
No fim do ano passado, o Paris Saint-Germain ofereceu 40 milhões de euros (cerca de R$ 222 milhões na cotação atual) ao Palmeiras pela contratação de Estêvão. A proposta foi rejeitada pela diretoria alviverde na ocasião.
A intenção do clube francês é fazer um negócio semelhante ao do Real Madrid envolvendo Endrick, outro jovem promissor do Palmeiras. Já contratado pelos Merengues, o atacante vai se transferir para a Espanha após completar 18 anos - como determina a regra da Fifa para transferências de menores de idade.
Passagem pelo Cruzeiro
Em maio de 2021, Messinho deixou o Cruzeiro e assinou um contrato de formação com o Palmeiras.
Estevão foi um dos temas de reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, em maio de 2019. Na ocasião, a emissora revelou que o Cruzeiro, então administrado por Wagner Pires de Sá, cedeu 20% de supostos direitos econômicos da criança ao empresário Cristiano Richard dos Santos Machado.
A comercialização dos direitos econômicos da criança não poderia ter acontecido. Inicialmente, porque a Fifa determinou, em 2015, que apenas clubes e jogadores podem ter partes de direitos econômicos. Depois, porque revelações só podem assinar contratos profissionais com os clubes a partir dos 16 anos. Até lá, só existe o contrato de formação, sem direitos federativos ou econômicos.
Mesmo após a repercussão extremamente negativa sobre a comercialização desses 'direitos', o Cruzeiro voltou a negociar, em 1º de junho de 2019, outros 15% do 'passe' da criança. A transação foi feita com o Estrela Sports Ltda, do então conselheiro Fernando Ribeiro de Morais. Posteriormente, os negócios foram desfeitos.
Em julho de 2017, o pai de Messinho, Ivo Gonçalves, cobrou R$ 162.811 do Cruzeiro na Justiça por salários atrasados, férias, verbas rescisórias e 13º salário não pagos.
Relatório feito pela Kroll, empresa de investigação corporativa contratada para auditar o período da gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá (2018 a 2019), revelou um contrato de prestação de serviços de Ivo com o Cruzeiro. Por meio da empresa EW10 Sports LTDA, ele recebia remuneração de R$10 mil mensais. Depois, o salário aumentou. O documento aponta que, entre junho de 2018 e abril de 2019, o pai de Messinho embolsou R$ 102.961,00.
Em julho de 2017, o pai de Messinho, Ivo Gonçalves, cobrou R$ 162.811 do Cruzeiro na Justiça por salários atrasados, férias, verbas rescisórias e 13º salário não pagos.
Relatório feito pela Kroll, empresa de investigação corporativa contratada para auditar o período da gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá (2018 a 2019), revelou um contrato de prestação de serviços de Ivo com o Cruzeiro. Por meio da empresa EW10 Sports LTDA, ele recebia remuneração de R$10 mil mensais. Depois, o salário aumentou. O documento aponta que, entre junho de 2018 e abril de 2019, o pai de Messinho embolsou R$ 102.961,00.