Trata-se de Jorge Luís, presidente da Mancha. Ele estava em um dos ônibus da organizada palmeirense que seguiam rumo a Belo Horizonte, onde o time paulista encara o Atlético nesta quarta, a partir das 21h45, no Mineirão, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O grupo alviverde encontrou ônibus da Máfia Azul, que seguiam a Campinas, onde o Cruzeiro enfrenta a Ponte Preta também nesta quarta, às 19h, no Moisés Lucarelli, pela 32ª rodada da Série B.
O confronto generalizado ocorreu na Rodovia Fernão Dias (BR-381), em Carmópolis de Minas, de 10h30 ao meio-dia.
Jorge Luís foi espancado por vários torcedores organizados do Cruzeiro, como mostram as imagens da briga divulgadas nas redes sociais. Ele também teve documentos e cartões furtados por integrantes da torcida rival.
Em uma das gravações, um organizado da Máfia Azul diz que Jorge Luís só seria deixado vivo porque "nós têm ideologia (sic)".
Quem é Jorge Luís?
As informações sobre o presidente da Mancha não são muitas. Nas redes sociais, Jorge Luís não identifica a profissão. Em algumas postagens, aparece com a companheira e um filho ainda criança.
Sabe-se que Jorge Luís começou a frequentar os estádios para acompanhar o Palmeiras em 1996, ainda novo. Em 1998, fez a carteirinha do Bloco Mancha Verde, que, à época, ainda não era uma escola de samba.
No mesmo ano, associou-se à recém-fundada torcida Mancha Alviverde. Sob novo nome, a organizada substituiu a original Mancha Verde, extinta judicialmente por episódio de violência.
Jorge 'Imbé', como era conhecido por conta do nome do bairro onde morava, passou a fazer parte do cotidiano da torcida. Aos poucos, ganhou status de líder da organizada na Zona Sul de São Paulo.
Nos 20 anos seguintes, foi ganhando influência tanto na torcida, quanto na escola de samba - em que foi diretor de ala por quatro anos e ritmista por dois.
Em 2017, fundou o 'Bloco' para ser oposição à então diretoria da Mancha. Em 2021, foi eleito presidente da organizada, com a bênção de Paulo Serdan, presidente de honra da torcida.