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'Sem pompa', Palmeiras recebe River Plate para confirmar vaga na final

Duelo está marcado para esta terça-feira, a partir das 21h30, no Allianz Parque, em São Paulo, pelo jogo de volta da semifinal da Libertadores

Estadão Conteúdo
Na Argentina, Palmeiras venceu por 3 a 0 - Foto: AFP
Montado com jogadores revelados na base e contratações pontuais, a versão atual do Palmeiras tem tudo para recolocar o clube na final da Copa Libertadores depois de 20 anos e mostrar o quanto é facilmente capaz de superar vários elencos mais badalados que o clube teve nos últimos anos. A equipe do técnico Abel Ferreira recebe o River Plate nesta terça-feira, a partir das 21h30, no Allianz Parque, com a vantagem de defender a vitória por 3 a 0 obtida na semana passada.



A comodidade de poder se classificar até com uma derrota por dois gols de diferença faz o Palmeiras ser o grande favorito. O que não evita a prudência. "O River tem um time muito bom, competitivo, não à toa chegou em cinco finais de Libertadores. O importante é manter o foco, fazer o que nosso treinador pede, e jogarmos concentrados. Ainda não há nada definido", afirmou o volante Danilo.

A equipe jamais esteve tão perto de voltar à final da Libertadores pela primeira vez desde 2000, quando ainda vivia o último ano da cogestão com a Parmalat e perdeu a decisão para o Boca Juniors.

De lá até hoje, o Palmeiras conseguiu no máximo ser semifinalista em 2001 e 2018. Em ambas as ocasiões perdeu novamente para o time argentino. No entanto, a busca pela Libertadores, que a torcida define como "obsessão", fez o clube sonhar e também apostar alto em várias outras temporadas, sem obter o mesmo êxito.



O Palmeiras conseguiu montar um elenco badalado em 2009 com a ajuda da parceria com a Traffic. Diego Souza, Cleiton Xavier e Keirrison foram alguns dos pilares do time que parou nas quartas de final do torneio ao ser eliminado pelo Nacional do Uruguai.

Mais recentemente, a injeção de dinheiro da patrocinadora Crefisa possibilitou a chegada de reforços de peso. O time investiu cerca de R$ 100 milhões para a edição de 2017. Bruno Henrique, Borja, Guerra e Deyverson foram alguns dos nomes contratados com o aporte da empresa. Porém, a campanha terminou logo nas oitavas de final, diante do Barcelona, do Equador.

Algumas dessas estrelas permaneceram no elenco nos anos seguintes, até a temporada atual forçar o clube a uma nova proposta. O aporte da Crefisa em contratações foi abandonado por questão tributária (a empresa foi multada pela Receita Federal) e o departamento de futebol foi reestruturado. A ordem passou a ser investir na base e buscar reforços pontuais.



Prova disso é o time que bateu o River Plate por 3 a 0 semana passada. Todos os 11 titulares ou vieram da base ou por contratações bancadas com recursos próprios, sem a contribuição de parceiros. O reforço mais caro em campo foi o atacante Rony, contratado por R$ 27 milhões e autor do primeiro gol. O segundo foi anotado por Luiz Adriano, atacante trazido após rescindir com o Spartak Moscou. No gol, Weverton chegou ao clube no início de 2018 por apenas R$ 3 milhões depois de não ter renovado acordo com o Athletico-PR.

A equipe conseguiu chegar longe na competição sem despontar como grande favorita. Dono da melhor campanha da fase de grupos, o Palmeiras é o único invicto do torneio e considera o apetite do elenco um ponto forte para voltar à final. "Os rapazes têm uma vontade tremenda, uma mentalidade forte e um hábito de ganhar que todos nós gostamos", disse o técnico Abel Ferreira.