O Palmeiras está de férias coletivas até esta quinta-feira, mas não tem previsão de quando voltará a receber o elenco para treinar. "A ansiedade está grande. Os jogadores me ligam pedindo para voltarem a treinar. Mas não podemos. O futebol faz parte do nosso dia a dia. Todos nós sentimos falta do Palmeiras, do nosso torcedor. Mas estamos tratando da saúde das pessoas. Quem faz o futebol são as pessoas. Temos que ter cuidado com todos. O futebol não pode voltar por pressão", disse Galiotte, ao Fox Sports.
Apesar da posição de Galiotte em cobrar calma para se falar do retorno do futebol, no Brasil há pressão nos bastidores para alguns campeonatos recomeçarem. Nesta semana, a Federação Catarinense de Futebol pediu ao governo estadual a autorização para retomar o campeonato local, mas houve recusa. No Paraná foi feito o mesmo, enquanto Goiás e Atlético-GO já planejam voltar aos treinos em breve.
O Palmeiras anunciou nesta quinta a redução de 25% dos salários do elenco referentes aos meses em maio e junho, como medida de prevenção aos prejuízos provocados pela pandemia. Galiotte explicou que a medida contou com o apoio dos jogadores e reiterou que, com essa decisão, o clube tem boas condições financeiras para suportar esse período complicado.
"O Palmeiras tem diferentes fontes de receita. Isso é importante O patrocínio é um diferencial. Crefisa permaneceu com pagamento em dia. Conversei com a Leila (Pereira, presidente da Crefisa) logo no início da pandemia, quando tivemos várias situações. Todos os clubes vão passar por dificuldade", comentou o dirigente.
Galiotte revelou ainda que meses atrás o Palmeiras teve uma conversa com o empresário do uruguaio Edison Cavani. O jogador uruguaio deve sair do Paris Saint-Germain nos próximos meses, já que ficou sem contrato. No entanto, um acordo é considerada inviável. "Seria interessante um clube ter uma contratação desse porte. Gostaria muito de contar com ele no Palmeiras, passei ao empresário, mas a gente tem que ter responsabilidade. Muito difícil", disse.