Presente na noite desta segunda-feira em Belo Horizonte para premiação do Troféu Guará, promovido pela Rádio Itatiaia, o diretor-executivo de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, apontou os favoritos aos principais títulos na temporada.
Assim como afirmou logo no início de janeiro, Mattos colocou o Cruzeiro à frente dos demais pelos reforços que contratou e pela manutenção do técnico Mano Menezes e da maioria do grupo campeão da Copa do Brasil em 2017.
O Atlético, por sua vez, foi tratado como “interessante” diante das peças recém-contratadas. Mattos, inclusive, foi peça fundamental nas cessões ao Galo do volante Arouca, do atacante Erik e, posteriormente, na liberação de Róger Guedes em negociação que levou para o Palmeiras o lateral-direito Marcos Rocha.
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”Flamengo, Grêmio, Corinthians...não podemos descartar ninguém né, alguma outra equipe, pode ter uma surpresa. O Atlético está mudando na minha opinião também, ficando bem interessante, com mais velocidade, mais força. Acho só que o Cruzeiro está um pouquinho ainda na frente, ainda mais que a gente não tem tanto tempo assim para treinar e ele já vem de uma base campeã, reforçou muito bem reforçado, está de parabéns, talvez esteja um pouquinho na frente, mas quem sabe a gente (do Palmeiras) consiga trabalhar mais rápido e consiga equilibrar um pouquinho isso daí”, disse o executivo palmeirense.
Para Mattos, a “imprevisibilidade” em relação aos títulos é maior no Brasil por conta do grande assédio do exterior nos principais atletas. Equipes favoritas tendem a perder mais peças, o que costuma equilibrar as disputas. De qualquer forma, ele admitiu que o Palmeiras estará sim na briga por todos os títulos. “Esse ano foram contratações pontuais. O Palmeiras vem, desde como a nossa chegada, com time competitivo, mas estará sempre ali tentando coisas grandes, sabendo que é difícil no Brasil apontar um favorito, de tanta coisa que acontece. É tanta saída de jogador, porque a gente não quer vender mas vende, porque jogador quer ir. É tanta situação, é tanta lesão, as viagens, desgastes... Esse ano então, com esse calendário maluco (por conta da Copa do Mundo), então, mais ainda. Mas o Palmeiras sim tem melhorado em todos os quesitos para estar muito forte”.
Ao responder se Brasileiro e Libertadores seriam “obrigação” para o Palmeiras, diante do alto investimento feito pela Crefisa no elenco, o executivo citou como exemplo grandes potências da Europa que fracassaram em seus projetos também ambiciosos. “Obrigação de grande clube é a mesma para todos, que é fazer o seu melhor. Acho que você tem que dormir à noite com a cabeça no travesseiro e falar: ‘fiz tudo que eu podia, não faltou nada’. Mesmo assim, pode não dar certo. Esse é o futebol. Você vê os grandes clubes do mundo, o Real Madrid está em momento difícil, no ano passado o Manchester City fez grandes investimentos e não conseguiu títulos. Então, o futebol é assim, por isso que ele é apaixonante. Às vezes você não espera tanto de um jogador, de um time, e esse time conquista. Às vezes espera de outro e as coisas saem do controle, mesmo você procurando fazer de tudo. Então, a obrigação da gente é fazer o melhor. Se a gente fizer o melhor, com muita dedicação, o Palmeiras tem chance de brigar por alguma coisa”, agregou.
Libertadores
Com oito brasileiros e 17 campeões na disputa, a Libertadores deste ano foi apontada por Alexandre Mattos como a mais difícil de todos os tempos. Ele também fez uma análise do torneio levando em conta a experiência que adquiriu trabalhando por Cruzeiro e Palmeiras.
”A Libertadores é um torneio diferente né, quantas equipes se doam bastante. A gente que já disputou algumas sabe que disputar fora do país, independentemente do país que seja, do clube que seja, é um jogo complicado. Inevitavelmente, você não tem como tirar Boca, River, e os campeões. No grupo do Palmeiras temos o Alianza Lima, que é campeão peruano. Ou seja, são muitas equipes fortes, especialmente nessa competição que vai dar, sem dúvida, um ar de uma Libertadores mais difícil de todos os tempos”, comentou.
Vai comprar quem?
Por fim, o dirigente brincou quando foi perguntado se a visita a Belo Horizonte poderia resultar em perdas nos elencos de Atlético e Cruzeiro, diante de sua fama de comprador. “Opa, quem sabe, vão deixar eles doidos aí (risos)”, disse, com bom humor.