Internacional assumiu a décima colocação do Brasileirão
O Internacional venceu o Vasco na tarde deste domingo (11) por 2 a 1, no Beira-Rio, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado foi importante para a equipe, que agora ocupa a décima colocação. Mesmo com o triunfo, o técnico Mano Menezes precisou fazer um pedido "diferente" para a torcida na entrevista coletiva.
O Colorado fez 2 a 0 com apenas 16 minutos de jogo, recuou um pouco e viu o Vasco diminuir a vantagem aos 29. Perto do fim da partida, o time carioca acertou duas bolas na trave, e o goleiro John precisou fazer um milagre para garantir os três pontos. A postura não agradou parte da torcida colorada.
— Entendo o comportamento do torcedor, mas peço que não transforme as dificuldades que estamos enfrentando no jogo em maiores do que elas são — disse Mano Menezes.
— Às vezes esse ambiente cria o resto da desconfiança que ainda não temos. Entendo porque eles (torcedores) já passaram por derrotas, eliminações, a ausência de título nos últimos anos. Mas outros times têm dificuldades contra nós — continuou.
Mano Menezes pediu "cumplicidade" e destacou que o Inter "não é a melhor equipe do país".
— Temos que estabelecer entre nós um sentimento maior de cumplicidade, de ajuda, porque precisamos uns dos outros, só temos esse caminho. Não somos a melhor equipe do país. Existem outras equipes, os jogos serão mesmo difíceis — destacou.
— Existe uma paridade no Brasil, a gente ganha jogos em pequenos detalhes. Às vezes o detalhe que faz a gente ganhar é o comportamento do torcedor, empurrando a equipe mesmo nas dificuldades — completou, pontuando que a fala não se tratava de uma crítica, mas, sim, de um pedido.
Veja outras respostas da coletiva do treinador do Internacional
Momento atual
— A gente está há seis jogos sem perder. Quatro vitórias e dois empates fora de casa. É a nossa realidade do momento. Isso é indiscutível, uma retomada de uma condição mais próxima do que podemos fazer. Em determinados momentos, vamos sofrer um pouco. Hoje estávamos na realidade dura de jogar na quarta e o adversário ter a semana inteira para treinar para te enfrentar.
Condição física
— Ontem, quando fiz 20 minutos de treinamento, resolvi parar o treino porque nosso time não conseguia treinar. Se eu não tenho esses 61 anos, faço 45 [minutos] e morro na véspera que nem o peru. É duro às vezes. Tem que ter calma, cuidar da condição dos jogadores, para poder terminar um jogo forte como nós sabíamos que iria terminar.
Internacional recuou?
— Fizemos 2 a 0 relativamente fácil e bem cedo, mas a gente não tinha ilusão de que o jogo seria fácil. Não recuamos porque gostamos de recuar. Recuamos porque o Vasco teve o mérito de ficar com a bola. Perdemos o controle do jogo. No intervalo a gente construiu de novo uma organização tática e voltamos melhor, com controle de situação.
Atuação de Rômulo, que fez gol e se emocionou
— Rômulo vem acrescentando ao setor uma coisa que a gente estava um pouco carente, que é um jogador de característica de primeira função, combate mais forte, mais físico, de imposição. Vocês já veem que isso significa uma diferença considerável. Não é à toa que gostamos de jogadores que façam essa função, porque é muito necessária.
Inter toma muitos gols?
— Tomar gol é do jogo. Estamos tomando gol dentro da média do alto nível do futebol como um todo. Não tenho muita preocupação em relação a isso. Se fizermos dois e tomarmos um, vamos felizes para casa.
O que esperar sobre reforços?
— É muito difícil achar jogadores do nível que a gente quer em uma janela do meio do ano. Vamos continuar trabalhando como sempre trabalhamos. O Internacional sempre foi muito transparente comigo. Aceitei estar aqui porque acredito que seja o caminho dos clubes brasileiros: a responsabilidade com o dinheiro. Vamos trabalhar com responsabilidade, transparência.