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Meia do Inter relata como foi procurado por quadrilha de apostas

Maurício deu sua versão após ter sido citado em denúncia do Ministério Público de Goiás

14/05/2023 00:23
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Mauricio na chegada do time colorado ao Mineirão
foto: Divulgação/Internacional

Mauricio na chegada do time colorado ao Mineirão

O meia Maurício voltou a atuar pelo Internacional no último sábado (14), na derrota para o Atlético-MG, após ter sido afastado por ter o nome relacionado ao escândalo de manipulação de resultados. A decisão do clube foi para preservar o jogador, citado na denúncia do Ministério Público de Goiás. 

Na saída do Mineirão, o atleta confirmou o contato da quadrilha de apostas, mas negou ter aceitado qualquer suborno. 

– Foi falado o meu nome nas apostas. Uma pessoa me procurou para levar cartão em troca de dinheiro. Neguei de cara e passei a ignorar. Sou um cara com caráter, com ética. São meus valores. Não julgo quem fez, mas sei da minha parte. Estou de consciência tranquila. O nome de quem me abordou já está com as pessoas do Inter – afirmou Maurício na zona mista.

Segundo informações publicadas pelo jornal “O Globo”, Maurício foi citado em diálogos no dia 15 de setembro de 2022, exatamente quatro dias antes da partida contra o Atlético-GO, pela 27ª rodada do Brasileirão Série A 2022.

– Mostrei aos meus familiares. Quando ele (aliciador) me abordou, eu já não queria fazer parte. É questão do meu caráter, que fala mais alto. Passei a ignorar a pessoa. É delicado, mas está com o Inter. Quero esquecer. Não fiz parte e agora é focar no Inter – finalizou. 

Entenda o caso


Através da Operação Penalidade Máxima II, o Ministério Público de Goiás investiga ações de uma quadrilha visando a manipulação de jogos de futebol no Brasil em 2022 e 2023.

Os agentes do MP-GO investigam pelo menos 20 partidas das Séries A e B do Brasileirão de 2022, além de dois campeonatos estaduais de 2023, o Paulista e o Gaúcho. 

A nova denúncia, apresentada à Justiça recentemente, foi feita com base em conversas de aplicativos de mensagens. Através delas, os investigadores puderam encontrar os valores oferecidos a cada atleta para que tomasse cartões amarelos ou vermelhos, ou até cometessem pênaltis.

Bruno Lopez de Moura, tido como líder da quadrilha no esquema, foi detido na primeira parte da operação, mas acabou solto após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Outros 16 suspeitos podem virar réus no caso.

O MP-GO pede a condenação do grupo liderado por Bruno Lopez e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos.

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