"Estava me preparando para estar em campo domingo, contra o Palmeiras, e recebi uma notícia assim outra vez. É igual. Mais uma vez, me cortaram as asas. Mas continuo lutando por minha inocência. Às vezes, parece algo estranho, mas trato de tomar como circunstância da vida e seguir lutando", declarou à TV local Canal N.
Contratado pelo Inter após a Copa da Rússia, Guerrero vinha recuperando a melhor forma física e estaria à disposição do técnico Odair Hellmann para encarar o Palmeiras em casa, no domingo, pelo Campeonato Brasileiro. A três dias da partida, no entanto, a Justiça suíça derrubou um efeito suspensivo que o Tribunal Federal do país europeu havia concedido à sua suspensão original.
Guerrero admitiu se sentir "mais sereno" desta vez do que quando foi punido inicialmente, no fim do ano passado. Ele foi bastante paciente para atender os torcedores e tirou foto com cada um que o cercou na saída do aeroporto.
Guerrero foi suspenso por um ano por uso de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, no fim de 2017. Depois de um recurso na própria Fifa, a pena caiu para seis meses, mas a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) aceitou um novo recurso, desta vez da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), e ampliou a punição para 14 meses.
Em busca da oportunidade de disputar a Copa, Guerrero foi até a última instância e às vésperas do torneio conseguiu um efeito suspensivo junto ao tribunal da Suíça. Mas, agora, a Justiça do próprio país derrubou a liminar e reativou a suspensão do atacante, que, desta forma, está impedido de atuar pelos próximos oito meses.
De acordo com o sistema legal da Suíça, não cabem mais recursos à decisão, mas Guerrero segue confiante em provar sua inocência e abreviar o período longe dos gramados. "Que não sejam oito meses. Estou lutando pelo melhor. Não posso aceitar este castigo que não é justo. Então, sigo lutando porque não posso aceitar que siga castigado por oito meses.".