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Diretor explica papel dos clubes na contenção da violência no Mineirão

De acordo com Samuel Lloyd, os problemas de segurança no estádio são de responsabilidade de todos os entes envolvidos nos eventos, como clubes e Polícia Militar

06/07/2022 18:30 / atualizado em 06/07/2022 19:50
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Samuel Lloyd disse que a segurança é de responsabilidade compartilhada no Mineirão
foto: Ramon Lisboa / EM DA PRESS

Samuel Lloyd disse que a segurança é de responsabilidade compartilhada no Mineirão



O diretor do Mineirão, Samuel Lloyd, disse em entrevista ao Superesportes, nesta quarta-feira (6), que os problemas de segurança no estádio são de responsabilidade de todos os entes envolvidos nos eventos, como clubes e Polícia Militar. Ele destacou que a operação para impedir a entrada de pessoas sem ingresso na esplanada é feita por profissionais contratados pelas equipes mandantes da partida.



No último jogo entre Atlético e Emelec, um torcedor disse que foi agredido e roubado dentro do estádio. Há vários relatos de furto nos compromissos do Cruzeiro no Mineirão. 

"A segurança é um acordo coletivo de todos os atores do futebol que participam desse planejamento de segurança, também os clubes, a própria PM que está lá em todos os jogos fazendo este apoio para a segurança, as federações participam, por isso é importante a gente observar a governança. A gente tem limites contratuais e legais até onde a segurança privada pode agir. Então, primeira coisa, quando a gente tem problemas na entrada do estádio", disse.

"O controle de acesso do ingresso e da entrada do torcedor no estádio é do público mandante. Então, são eles que colocam a equipe que vai checar os ingressos, mesmo nas catracas do Mineirão, isso a maioria das pessoas não sabe. A pessoa que está ali checando o ingresso não é funcionário contratado pela Minas Arena, é uma empresa terceirizada pelo clube mandante. Essa responsabilidade da emissão dos ingressos e da checagem é do clube mandante", acrescentou.

Samuel Lloyd disse que torcedores têm compartilhado os PDF dos ingressos e vários oportunistas têm entrado. "Aquele modelo arcaico de emitir o ingresso tem uma série de informações de segurança, que era difícil falsificar e isso impedia que o problema chegasse na catraca do estádio. Com a pandemia, essas regras foram flexibilizadas pelo clube e as pessoas podem imprimir o ticket em casa e gera uma série de problemas, as pessoas tiram o PDF, e as catracas travam na primeira leitura, o primeiro passou e os outros que têm o mesmo PDF geram um problema de segurança. Os clubes já estão atentos a isso".

Ação da Polícia Militar


Samuel Lloyd disse que, caso haja uma ilegalidade dentro do estádio, como o furto de celular, deve ser feito um boletim de ocorrência para a ação da Polícia Militar. De acordo com ele, as buscas e as revistas dentro do estádio devem ser feitas pela PM. 

"Depois que a pessoa passou pela revista, e a revista pela Constituição é voluntária, depois que a pessoas passou pela revista, a segurança privada não pode mais revistar uma pessoa. A não ser que ela dê anuência. E quem pode fazer isso é a PM. Quando tem um caso de furto de celular, e a gente tem visto este número crescer, a PM pode agir e revistar as pessoas. O que a gente pede é que os torcedores denunciem, ou façam boletim de ocorrência. A nossa equipe na hora pode entender se tem um suspeito e chamar a polícia para agir. Crimes dentro de estádios são casos de polícia. Se as pessoas não registrarem boletim de ocorrência, a PM não age".

"Estes profissionais de segurança são contratados pelos clubes, a gente ajuda no planejamento da segurança, mas mesmo se ocorre um furto na arquibancada, sai da alçada da segurança privada e passa a ser um caso de polícia, funciona para futebol e para eventos também, isso acontece no Mineirão e nos outros lugares", adicionou.

O diretor do Mineirão afirmou que o estádio tem muitas câmeras que podem ajudar a solucionar os crimes no estádio. "Nós temos 365 câmeras no Mineirão. Então, se as pessoas têm o celular furtado, normalmente as pessoas percebem e se dão conta que o celular não está mais no bolso e não sabem quem foi. Se elas sabem o local e, mais ou menos, o horário, a gente consegue resgatar imagens de câmera de segurança. Existem quadrilhas organizadas para furto de celular, são aparelhos que valem R$ 10 mi".

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