Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (1), o Tenente-Coronel da Polícia Militar, Flávio Santiago, chefe do Centro de Jornalismo Policial (CJP), disse que a corporação terá 1500 policiais deslocados exclusivamente para a final do Campeonato Mineiro, entre Atlético e Cruzeiro, neste sábado (2), no Mineirão.
"A Polícia Militar preparou o evento e temos múltiplas variáveis em relação a este evento, nós temos um retorno de pandemia que muitas pessoas elas querem participar de grandes eventos, temos uma final em jogo único, com duas torcidas com rivalidade muito grande, temos banimento de torcedores, temos histórico recente de violência, a despeito da Polícia Militar ter conseguido uma prevenção muito grande neste sentido. Então, o emprego de um jogo corriqueiro eu posso falar que é oito vezes menor. Nós temos quase 1500 policiais militares focados diretamente no jogo, isso sim é importante falar deste esforço hercúleo da corporação", disse
"Sem falar que nós não teremos prejuízo à sociedade, já que continuaremos com o policiamento nos bairros, com a operação para coibir o narcotráfico, temos todo empenho do batalhão metrópole da PM, todo esforço acadêmico que hoje está em formação da corporação. Então, Cruzeiro e Atlético podem perder. Às forças de segurança não cabe outro resultado senão a vitória. Nosso comando investiu, temos muitos policiais em dobra de serviço, policiais que estariam de folga não estão, fazendo com que seja uma verdadeira operação como a de Carnaval fosse montada para este jogo, com torcida dividida, retorno ao Mineirão. Nós nos desdobraremos sempre para que a sociedade possa ter uma diversão saudável e com segurança", completou Santiago.
A final do Campeonato Mineiro terá torcida dividida (50% para cada lado) depois de cinco anos. Além da Polícia Miliar, dentro do estádio a operação ocorre com a segurança privada contratada pela Minas Arena, empresa que administra o estádio.
Atlético e Cruzeiro se enfrentam no sábado, às 16h30, no Mineirão. O torneio estadual volta a ser decidido em apenas uma partida após quase 32 anos. A última decisão desta maneira ocorreu no ano de 1990 entre os dois principais rivais do estado.
Violência
No último clássico, no dia 6 de março, o torcedor do Cruzeiro Rodrigo Marlon Caetano, de 25 anos, morreu após ser baleado no abdômen durante briga com integrantes de uma torcida organizada do Atlético, no bairro Boa Vista, Região Leste da capital mineira. Ele chegou a ser hospitalizado e passou por cirurgia, mas não resistiu.