Heriberto da Cunha, vice-presidente do Pouso Alegre, também já foi jogador de futebol
Sem técnico após a demissão de Cléber Gaúcho, no sábado passado (5), o Pouso Alegre será comandado pelo vice-presidente do clube, Heriberto da Cunha, na partida contra o América. As equipes se enfrentam às 21h30 desta terça-feira (8), no Estádio Manduzão, em Pouso Alegre, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro.
Heriberto assume a equipe em difícil situação no Estadual. O time soma dois pontos, está na 11ª posição e ainda não venceu: são dois empates e duas derrotas em quatro jogos.
O dirigente conta com a experiência como treinador para lidar com a pressão. Ele iniciou a carreira na função em 2001, pela Inter de Limeira, cerca de oito anos após se aposentar como jogador.
O último time comandado pelo mineiro de 61 anos foi o Nacional-AM, em 2016.
A longeva carreira fez com o que a diretoria do Pouso Alegre pedisse a Heriberto para ser o técnico interino contra o América.
"A diretoria me pediu, que eu teria de ir por ser um momento difícil. Não teve jeito de negar, pela amizade, pelo compromisso que temos. Por conhecer os todos os jogadores também, vamos ter a facilidade de assumir este jogo. Mais pela experiência, por minha passagem no futebol. Não temos nenhuma pessoa na comissão que já trabalhou como técnico", explicou, em conversa com o Superesportes.
Nos 15 anos de carreira como técnico, Cunha venceu o Campeonato Cearense com o Fortaleza em 2008 e teve passagens por Sport, CSA-AL, Athletico-PR, Figueirense, Ceará, Vila Nova-GO, entre outros.
Como jogador, atuou pelo Cruzeiro entre 1986 e 1989 – disputou 58 jogos e foi campeão do Mineiro em 1987 e vice-campeão da Supercopa Libertadores no ano seguinte.
O ex-meia foi revelado pelo São Paulo e defendeu outros clubes do futebol brasileiro, como Portuguesa, Juventude-SP e Santos.
O ex-meia foi revelado pelo São Paulo e defendeu outros clubes do futebol brasileiro, como Portuguesa, Juventude-SP e Santos.
Próximos passos e 'volta' ao campo
Heriberto comemorou o retorno aos gramados como treinador, disse sentir falta, mas ressaltou ser uma situação 'momentânea'.
"Fico feliz, tive que dar uma parada (na carreira de técnico), com outros problemas particulares, e tomei uma decisão da minha vida. Mas sinto muita falta do futebol. A vida inteira criado dentro de campo, depois parei de jogar e fui trabalhar como técnico, é óbvio que sinto falta. E agora trabalhando como vice, ainda sinto falta, mas como ainda estou no futebol, consigo 'me alimentar' com o trabalho. Fico contente de estar no campo, trabalhar com os jogadores, mas é só momentâneo", disse Cunha.
Para a partida desta terça-feira, o interino afirmou que pretende dar equilíbrio à equipe. A ideia é preencher o espaço, variando entre marcação alta e baixa.
"Eu falei com os jogadores. No futebol não tem só momentos de marcar linha média, linha baixa, tem que ter maturidade dentro do jogo, preencher os espaços. Foi o que falei para eles, preencherem o espaço tanto na parte defensiva quanto na ofensiva. Não adianta querer atacar com dois jogadores, que você vai ficar inferioridade numérica", projetou.
O vice-presidente ainda revelou que o clube tem conversas adiantadas com outros profissionais, e um novo técnico deve ser anunciado até a partida contra a Caldense, marcada para domingo (13), às 11h, no estádio Ronaldão, pela sexta rodada do Mineiro.
Segundo o dirigente, o Pousão busca um técnico que tenha experiência no futebol, com trabalhos em algumas equipes do futebol brasileiro e participação em campeonatos estaduais e brasileiros.