Cruzeiro, Atlético e América confiam os trabalhos a Pezzolano, El Turco e Marquinhos Santos, respectivamente
A bola vai rolar pelo Campeonato Mineiro de 2022 a partir de terça-feira (25), com 12 equipes disputando o título. Vislumbrando o troféu, os clubes do interior e da capital trataram de ir ao mercado para se reforçar e anunciaram vários jogadores durante o período preparatório para esta temporada. No entanto, as mudanças não ocorreram somente dentro das quatro linhas: as áreas técnicas também estarão repletas de caras novas.
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Esse é o caso do uruguaio Paulo Pezzolano, que pela primeira vez disputará o Mineiro. O técnico de 38 anos foi anunciado pelo Cruzeiro, em 3 de janeiro, para ser o responsável por conduzir a Raposa de volta à Série A do Campeonato Brasileiro neste ano. Será também a primeira experiência dele como treinador em um torneio estadual. Antes de vir para Minas, trabalhou em Liverpool (URU) e Pachuca (MÉX) - clubes que não disputam esse tipo de certame.
A situação do Atlético se assemelha à do rival. Após a saída inesperada de Cuca no fim do ano passado, o Galo monitorou o mercado e sondou alguns técnicos até chegar a acordo com o argentino Antonio ‘El Turco’ Mohamed. O treinador de 51 anos acumula passagens por Colón (ARG), Independiente (ARG), Tijuana (MÉX), América (MÉX), Monterrey (MÉX), Celta de Vigo (ESP) e Huracán (ARG), mas nunca disputou uma competição estadual, já que não existe esse modelo de competição nos países em que trabalhou.
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Outro grande da capital, o América manteve Marquinhos Santos no cargo depois do desempenho histórico no Brasileirão de 2021. Com ótimos resultados, o Coelho terminou o campeonato na 8ª colocação, com 53 pontos, conseguindo vaga para a disputa inédita da Copa Libertadores. Apesar de nunca ter vencido um torneio local, o técnico tem vasta experiência: já dirigiu Coritiba, Bahia, Fortaleza, Chapecoense e Juventude em seus respectivos estaduais.
Equipes do interior
Por sua vez, no interior de Minas, oito clubes mudaram a filosofia de trabalho e anunciaram mudanças nas comissões técnicas: Caldense, Athletic, Pouso Alegre, Tombense, Patrocinense, Villa Nova, URT e Uberlândia. Apenas o Democrata-GV apostou na manutenção do comandante da última edição do Estadual.
Para não repetir os erros cometidos no ano passado, a Caldense trabalha com os pés no chão e reconhece as dificuldades que terá em 2022. Como primeiro passo desse processo, a diretoria contratou Gian Rodrigues, que terá a segunda passagem pela Veterana. Depois que deixou o clube em 2016, ele passou por Social, Guarani, Serra, Nacional de Muriaé e Patrocinense.
Cléber Gaúcho será a bola da vez no Pouso Alegre, na temporada mais importante da história do clube. O profissional de 47 anos será responsável por comandar a equipe e buscar boas campanhas no Mineiro, na Série D do Brasileiro e na Copa do Brasil. Experiência não vai faltar. O último trabalho do treinador foi diante do Brasil de Pelotas-RS, na Série B de 2021.
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No Tombense, a esperança de bons resultados está depositada nas mãos do técnico Rafael Guanaes. Apesar da pouca idade, o treinador de 40 anos tem muita experiência. Dirigiu o Sampaio Corrêa na Série B de 2021, mas acabou demitido após sequência ruim. Depois do Estadual, seu principal desafio será manter o clube na Segunda Divisão nacional mesmo com poucos recursos financeiros.
Caçula entre os treinadores, Gustavo Brancão, de 37, está no Patrocinense desde 6 de novembro do ano passado. Antes de assumir a equipe, comandou o Tupynambás no Módulo II. Na carreira como técnico, trabalhou em Athletic, Mamoré, Serranense, Social e Valeriodoce.
A diretoria do Villa Nova anunciou mudanças na comissão técnica para tentar atingir o objetivo desta temporada, que é buscar uma vaga na Série D do Brasileirão por meio do Mineiro. Cícero Junior, que participou de todo o caminho vitorioso do time na conquista do Módulo II de 2021, dá lugar a Bruno Pivetti, a nova aposta. O novo comandante já tem no currículo um título da Recopa Mineira, pelo Tombense, e um Campeonato Alagoanos, pelo CSA.
A URT investe novamente em Wellington Fajardo para tentar terminar a primeira fase do Mineiro entre os quatro melhores. No ano passado, o experiente comandante de 60 anos quase conseguiu: ficou em quinto. Depois do término do torneio, ele assumiu o Treze-PB, mas já está de volta à equipe mineira.
O Uberlândia, por sua vez, confia no trabalho de Chiquinho Lima, que chegou ao clube como auxiliar técnico em 2021. O treinador de 44 anos foi efetivado após a demissão de Waguinho Dias, em junho do ano passado. Desde então, comandou a equipe em 16 oportunidades, conquistando seis vitórias. O Campeonato Mineiro é a grande obsessão do técnico.
Aposta
Quem comanda o Athletic em 2022 é o ex-atacante Roger. A diretoria do Esquadrão de Aço promete dar todo o suporte necessário ao ex-jogador para que ele seja bem-sucedido em outra área. De acordo com o diretor de futebol Fábio Mineiro, o clube está muito esperançoso no sucesso de Roger à beira do campo.
“O Roger é um cara que, por mais que esteja começando agora, tem um lastro muito grande no futebol. Ele teve passagens por grandes clubes. Tomara que essa experiência possa agregar muito. Estamos muito esperançosos porque o trabalho está sendo bem feito e o planejamento também”, pontuou.
Ainda como atleta, Roger teve passagens por Ponte Preta, Botafogo, Corinthians e Chapecoense, entre outros times tradicionais brasileiros. O ex-centroavante iniciou sua jornada como técnico no ano passado, na Inter de Limeira. No clube paulista, foram seis jogos e quatro vitórias.
Técnico mais longevo
O veterano Paulo Schardong, de 50 anos, é peça fundamental na engrenagem do Democrata-GV para a temporada. Ele é o profissional com maior tempo de trabalho no futebol mineiro – está indo para o terceiro ano à frente da Pantera. Antes de assumir o time de Governador Valadares, Schardong teve breves passagens por Caucaia-CE, Barbalha-CE, Ji-Paraná-RO e Ariquimes-RO.
Em 2021, Paulo deu alegria aos torcedores do Democrata após conquistar o acesso à elite. A Pantera terminou o Módulo II como vice-campeão – um ponto a menos que o Villa Nova. Se vencesse o Leão do Bonfim na última rodada do quadrangular final, ficaria com o troféu, mas foi derrotado por 3 a 1.