"Prestem atenção: nenhum dirigente de nenhum clube de Belo Horizonte esteve, via ofício, via pessoalmente, via telefonema, pedindo ou pensando na torcida de futebol. Fico absurdado como, de repente, parece que estamos fechando unilateralmente o futebol. As torcidas e a população têm que saber que nós abrimos o futebol unilateralmente. Depois que decidimos que o futebol merecia uma chance, chamamos o clube para colocar os protocolos, que infelizmente, que infelizmente, deu no que deu", começou Kalil, em entrevista coletiva.
Uma reunião organizada pela Prefeitura de BH entre representantes do governo municipal, clubes de futebol – América, Atlético e Cruzeiro – e Minas Arena (concessionária responsável pela gestão do Mineirão) estava prevista para as 9h desta segunda. Contudo, o encontro foi desmarcado com a decisão tomada pela prefeitura já no fim de semana.
"Todo mundo assistiu, o Brasil todo assistiu, foi matéria nacional, foi colocado como um verdadeiro escândalo nacional, mas não vamos culpar ninguém não. Se não conseguiram numerar as cadeiras, se o Minas Arena não estava preparado e colocou site para vender ingresso no dia do jogo, se o torcedor não usa máscara, se aglomera em bar, enfim. Hoje foi até divulgado pela imprensa que, obviamente, não tinha 16 mil pessoas no Mineirão, e modéstia à parte eu conheço pouca coisa na vida, mas de futebol eu conheço, não tinha mesmo", destacou o prefeito de BH, sobre o jogo entre Atlético 3 x 0 River Plate.
Ele completou: "Aí nós refizemos o protocolo no modelo Copa do Mundo, e fizemos, na sexta-feira, o jogo do Cruzeiro. Só subindo com ingresso, todos aqueles protocolos mais rígidos, com muita fiscalização, e fracassou novamente, e fracassou novamente. O América não jogou porque não quis, diz que vai seguir o protocolo da CBF".
Testes falharam
O Mineirão foi o palco dos dois eventos-teste. O primeiro jogo ocorreu na última quarta-feira (18), entre Atlético e River Plate, da Argentina, pela volta das quartas de final da Copa Libertadores.
Mesmo com uma série de restrições e regras pré-estabelecidas, a partida registrou aglomeração e desobediência às normas.
Mesmo com uma série de restrições e regras pré-estabelecidas, a partida registrou aglomeração e desobediência às normas.
Diante do observado na quarta, a Prefeitura de BH se reuniu com os representantes para breves correções visando à partida entre Cruzeiro e Confiança, na última sexta (20), pela 20ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
As cenas, contudo, foram semelhantes às do jogo entre Atlético e River, mas em menor escala.
As cenas, contudo, foram semelhantes às do jogo entre Atlético e River, mas em menor escala.
O Mineirão, que geralmente divulga o público pagante e presente ainda com o jogo em andamento, ainda não divulgou esse dado. O Cruzeiro, mandante do jogo, também ficou de informar no sábado o número de torcedores, mas ainda não se manifestou.