Mesmo após ter ficado 'desesperado' com as cenas de aglomeração antes e durante o jogo entre Atlético e River Plate no Mineirão, na noite dessa quarta-feira, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), garantiu a presença da torcida do Cruzeiro no jogo contra o Confiança, na sexta-feira, às 21h30, pela Série B do Campeonato Brasileiro
Em contato com a reportagem do Estado de Minas, Kalil foi questionado se a presença de torcedores no jogo da Raposa estaria ameaçada, depois das cenas de quarta-feira. Ele rechaçou de imediato: "De maneira alguma, o Cruzeiro não tem nada a ver com o comportamento da torcida do Atlético. Não faz sentido o cruzeirense pagar por isso".
São esperadas (novamente) cerca de 18 mil pessoas no principal estádio da capital. A torcida do Cruzeiro vai reencontrar o time após praticamente um ano e meio de ausência, devido à pandemia da COVID-19.
Aprendizado?
Na vitória do Galo por 3 a 0 sobre o River, pelas quartas de final da Copa Libertadores, o que se viu dentro e fora do Mineirão foi muita aglomeração e pessoas sem máscaras.
Para o prefeito, isso foi resultado de vários fatores, mas, principalmente, "falta de consciência e compreensão dos clubes".
"Não faltou só fiscalização. O que faltou foi um conjunto de coisas, mas, principalmente, consciência e compreensão dos clubes. Não foi esse o combinado comigo, e vai haver uma reunião (nesta sexta-feira cedo) para tratar desse assunto definitivamente, porque isso é inadmissível. O que faltou foi consciência, fiscalização, civilidade, palavra. Faltou uma porção de coisas", afirmou Kalil.
O ex-presidente do Atlético garantiu que não se arrependido de ter liberado público para os jogos de futebol na capital. Ele afirmou que agora vai buscar soluções para melhorar os protocolos de saúde das partidas na capital mineira.
"Não, não me arrependo. É preciso compreender que esse foi um evento teste e nós estamos em guerra. Não podemos sair matando todo mundo. Não podemos matar o futebol, o teatro, o comércio, as atividades todas. Eles já pagaram um preço alto, é preciso dar oportunidade para todos. Então, em hipótese nenhuma eu me arrependo. Nós vamos sentar, conversar, buscar uma solução. Agora, o que não tem remédio, remediado está", explicou Kalil.