Favorável a paralisação do Campeonato Mineiro até 31 de março, devido ao avanço da pandemia de COVID-19 no estado, o Pouso Alegre também vê este período como uma excelente oportunidade para ajustar a equipe para a sequência do torneio. De acordo com o presidente Paulo da Pinta, a equipe do Sul de Minas sonha com uma classificação à segunda fase, seja ela para as semifinais do Estadual ou para a disputa do Troféu Inconfidência.
“O planejamento do clube é aproveitar esses 10 dias para treinar e acertar o que a gente não tem conseguido melhorar, para que possamos agora, a partir da retomada, conquistar as vitórias e entrar na zona de classificação à segunda fase. O campeonato embolou muito. Ao mesmo tempo em que estamos a três pontos da zona de rebaixamento, estamos também do G4”, afirmou.
“Certamente, em termos de planejamento, a nossa ideia é nos manter na elite. Se conseguirmos esse objetivo, vamos em busca da classificação para a segunda fase, seja ela a semifinal do torneio ou uma vaga para a disputa do Troféu Inconfidência. Vamos ver se na retomada a gente consegue bons resultados para brigar na parte de cima da tabela de classificação”, concluiu o presidente.
Ainda de acordo com o mandatário do clube, o Pousão também vai aproveitar a parada do torneio estadual para torcer pela breve recuperação do técnico Émerson Ávila, do auxiliar Mancuso e dos jogadores Guilherme e Jô, afastados das atividades por terem se contaminado com o novo coronavírus. Na derrota por 2 a 1 para o Athletic no último sábado (20), no estádio Joaquim Portugal, em São João del-Rei, pela quinta rodada, o time foi comandado pelo auxiliar Casinha.
A rotina de treinamentos do Dragão será mantida até 31 de março, um dia antes da reestreia no Campeonato Mineiro. Em 1º de abril, a equipe voltará a campo contra a URT, no estádio Manduzão, em Pouso Alegre. O horário da partida ainda não foi confirmado pela Federação Mineira de Futebol (FMF).
O Pouso Alegre ocupa a oitava posição da tabela de classificação, com cinco pontos – três a menos que a Caldense (4ª colocada). Já a URT está no sexto lugar, com seis tentos.
Contratos
Paulo da Pinta, mandatário do Pouso Alegre, garantiu ao Superesportes que a equipe do Sul do estado não deve perder jogadores até o fim da disputa do Mineiro. Segundo ele, a maioria dos contratos vigentes se encerra em maio. Além disso, eles possuem uma cláusula de adição por mais um período em caso de classificação à segunda fase do torneio.
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“Nosso contratos com jogadores terminam, a grande maioria, em maio, alguns no final de abril. Se o Pouso Alegre classificar, tem um acordo de aditivo contratual com os jogadores. Então, para nós não haverá nenhum problema em relação a término de contratos durante a paralisação do Mineiro”, disse.
Sobre a paralisação do campeonato, ele afirmou que o Dragão não terá prejuízo financeiro extra, já que os gastos serão os mesmos de quando a bola ainda estava rolando.
Favorável à paralisação
Na semana passada, antes mesmo do anúncio da FMF sobre o período de paralisação do Mineiro, Paulo da Pinta já se mostrou favorável à decisão do Governador Romeu Zema (Novo) em interromper as atividades esportivas no estado:
“O momento é delicado, a gente sabe o que vem passando no país por toda a dificuldade, por falta de leitos, falta de UTI para atender as pessoas que vêm tendo aqueles problemas mais graves relacionados à COVID-19. Nesse sentido, até por respeito a essas pessoas, o Pouso Alegre é a favor da paralisação do Mineiro.
Mas, ao mesmo tempo, a gente que está inserido no meio do futebol, no Campeonato Mineiro, vê o futebol como um dos segmentos exemplares no sentido de segurança. Em todos os jogos, a gente faz testes não só com atletas, mas com comissão técnica e também diretoria. Todos os que adentram o estádio são testados, além de não haver aglomeração. Todos os infectados são isolados. O futebol está cuidando dos protocolos. E alguns atletas que testaram positivo eram assintomáticos. Se tivessem continuado o treinamento, nem saberiam que estavam infectados.
O Pouso Alegre é a favor pela situação do país, mas se sente seguro no meio do futebol. A paralisação gera um custo a mais para os clubes, e os clubes do interior já vêm há um ano com muita dificuldade, mas, neste primeiro momento, vamos preservar a saúde, o nosso bem maior. Em respeito aos demais, aos familiares que têm perdido pessoas com a COVID-19, a gente respeita. Mas pedimos também cuidados no transporte, nos bancos e restrição de venda de bebidas alcoólicas para evitar aglomerações e festas. Esse é o posicionamento do Pouso Alegre. O lockdown deveria apenas ser mais abrangente e rigoroso”.