Líder da Série B com o América, o técnico Lisca revelou nesta segunda-feira, em entrevista à Rádio 98 FM, os detalhes da proposta feita pelo Cruzeiro em outubro. Na ocasião, o clube celeste procurava um substituto para Ney Franco, demitido após o empate por 0 a 0 com o Oeste, em Barueri, pela 15ª rodada. O comandante do Coelho conversou com o presidente Sérgio Santos Rodrigues, que considerava a hipótese de buscar outro nome em razão da indecisão de Luiz Felipe Scolari, o primeiro nome da lista.
Lisca contou que a oferta do Cruzeiro era válida por dois anos - ou seja, até dezembro de 2022 -, mas com uma condição: de subir à Série A do Campeonato Brasileiro. Se falhasse na missão, o treinador corria o risco de não continuar na Toca da Raposa.
“Caso ele (Felipão) não assumisse, o Cruzeiro consultou minha pessoa. Tive conversa com o presidente Sérgio. A gente abriu uma amizade legal, mas não era o momento certo. O Cruzeiro estava numa situação difícil, tinha 1% de acesso. O presidente Sérgio me falou, é um trabalho de dois anos, mas se não tiver acesso, fica difícil. Aí entendi o recado, que era necessário o acesso para sequência de trabalho”.
Quando dispensou Ney Franco, o Cruzeiro estava em penúltimo lugar da Série B, com 12 pontos. Já o América era o terceiro, com 26. Lisca então decidiu que o melhor caminho era continuar no Lanna Drumond, onde fez história ao conduzir a equipe às semifinais da Copa do Brasil e conta com mais de 70% de chance de ser campeão da segunda divisão, conforme o Departamento de Matemática da UFMG (66 pontos em 33 rodadas).
Apesar da recusa, o gaúcho de 48 anos se mostrou lisonjeado com o convite do Cruzeiro e deixou as portas abertas para trabalhar um dia na Toca. “Não tenho motivo específico (para negar a proposta), receber convite do Cruzeiro é uma honra, um sonho da minha vida. Tem muitos convites certos, mas na hora errada. Meu empresário é o mesmo do Felipão (Jorge Machado), ele estava por dentro de tudo que estava acontecendo. O Cruzeiro vinha conversando com o Felipão, que tinha uma dúvida, vinha recebendo contatos de fora”, disse.
Apesar da recusa, o gaúcho de 48 anos se mostrou lisonjeado com o convite do Cruzeiro e deixou as portas abertas para trabalhar um dia na Toca. “Não tenho motivo específico (para negar a proposta), receber convite do Cruzeiro é uma honra, um sonho da minha vida. Tem muitos convites certos, mas na hora errada. Meu empresário é o mesmo do Felipão (Jorge Machado), ele estava por dentro de tudo que estava acontecendo. O Cruzeiro vinha conversando com o Felipão, que tinha uma dúvida, vinha recebendo contatos de fora”, disse.
“Queria muito fazer um trabalho a médio, longo prazo. A ideia do Cruzeiro era um trabalho de urgência. Coloquei ao presidente Sérgio que, com um trabalho de início, meio e fim, seria uma honra, mas optei pelo América. O Felipão manteve o time na Série B, e tenho certeza que o Cruzeiro fará um grande trabalho no ano que vem”, complementou Lisca.
Após a negativa do treinador do América, o Cruzeiro convenceu Felipão a aceitar a oferta até dezembro de 2022, sem a obrigação de acesso. O pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira cumpriu a missão de salvar o time do rebaixamento à Série C, porém não manteve o embalo para brigar por uma vaga no G4. A cinco rodadas para o fim da Série B, a equipe está em 11º, com 44 pontos, oito a menos que o quarto colocado CSA.