Nessa quarta-feira, a concessionária disse que rompeu o contrato com o proprietário do camarote onde torcedores do Cruzeiro e do Atlético entraram em confronto. A administradora do estádio ainda multou o permissionário responsável pelo local, por entender que houve “conduta inadequada de convidados”.
O jogo ainda foi palco de atos de injúria racial contra o segurança Fábio Coutinho por dois atleticanos. Adrierre Siqueira da Silva já admitiu em entrevista à imprensa que disse com menosprezo "olha a sua cor" e que cuspiu em Coutinho. O irmão dele, Natan Siqueira Silva, nega que tenha chamado o segurança de "macaco". Ele afirmou que a palavra dita foi "palhaço".
Confira a nota divulgada pela Minas Arena
Com relação aos fatos ocorridos no clássico entre Cruzeiro e Atlético do último domingo, o Mineirão está colaborando com os órgãos competentes e repassou à Polícia Civil todas as informações recebidas e que possam contribuir com as investigações.
O Mineirão afirma também que os arquivos do circuito interno do estádio são repassados aos órgãos competentes sempre que solicitados formalmente.
Confusão no Mineirão
O Mineirão virou praça de guerra após o empate por 0 a 0 entre Cruzeiro e Atlético. Cruzeirenses e atleticanos se enfrentaram em confusão que envolveu invasão de setor, quebra de cadeiras, bombas de efeito moral e gás de pimenta.
A confusão se iniciou pouco depois de o jogo acabar, por volta das 18h. Torcedores de Atlético e Cruzeiro começaram a se provocar com cânticos.
Atleticanos, então, invadiram o setor Mineirão Tribuna e camarotes destinados originalmente a cruzeirenses. Para isso, entraram em confronto com seguranças privados do estádio.
Quando a invasão se consumou, torcedores do Cruzeiro responderam e também partiram para o confronto. Foi aí que o Mineirão virou praça de guerra.
Torcedores do Atlético que ocupavam a parte superior da arquibancada do Mineirão quebraram cadeiras e as arremessaram para baixo. Copos também foram lançados.
Em número pequeno, policiais militares, que demoraram a chegar, interviram com tiros para o alto, bombas de efeito moral e muito gás de pimenta. A correria, então, se intensificou.
Torcedores partiram em direção à área interna de camarotes. O gás de pimenta chegou aos corredores do Mineirão e às regiões de aglomeração de pessoas, onde muitos passaram mal e precisaram ser atendidos em ambulâncias.
Depois, a confusão seguiu generalizada no estacionamento, próximo dos camarotes e do vestiário do Cruzeiro.
Segundo a Minas Arena, 580 profissionais da empresa privada Esquadra estavam escalados para fazer a segurança do clássico. Aproximadamente 130, porém, não foram ao trabalho por diversos motivos, entre eles o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado durante a tarde de domingo.
A responsabilidade da segurança interna do Mineirão é da empresa privada. O Batalhão de Choque da Polícia Militar só intervém em caso de confronto, como ocorreu após o jogo.
Em função da violência em mais um clássico, Cruzeiro e Atlético entraram em consenso sobre a realização de jogos com uma só torcida a partir de 2020. Apenas o mandante poderá comercializar ingressos.
Em função da violência em mais um clássico, Cruzeiro e Atlético entraram em consenso sobre a realização de jogos com uma só torcida a partir de 2020. Apenas o mandante poderá comercializar ingressos.
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