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CLÁSSICO

Imagens do circuito interno de TV do Mineirão serão usadas para investigar brigas no clássico

Polícia Civil analisará os vídeos para identificar os infratores

Redação
Brigas no clássico são investigadas pela Polícia Civil - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

A Minas Arena, administradora do Mineirão, informou que repassou as imagens do circuito interno do estádio para a Polícia Civil, que investiga as brigas no clássico entre Cruzeiro e Atlético (0 a 0), no último domingo.

Nessa quarta-feira, a concessionária disse que rompeu o contrato com o proprietário do camarote onde torcedores do Cruzeiro e do Atlético entraram em confronto. A administradora do estádio ainda multou o permissionário responsável pelo local, por entender que houve “conduta inadequada de convidados”.

O jogo ainda foi palco de atos de injúria racial contra o segurança Fábio Coutinho por dois atleticanos. Adrierre Siqueira da Silva já admitiu em entrevista à imprensa que disse com menosprezo "olha a sua cor" e que cuspiu em Coutinho. O irmão dele, Natan Siqueira Silva, nega que tenha chamado o segurança de "macaco". Ele afirmou que a palavra dita foi "palhaço". 

Confira a nota divulgada pela Minas Arena


Com relação aos fatos ocorridos no clássico entre Cruzeiro e Atlético do último domingo, o Mineirão está colaborando com os órgãos competentes e repassou à Polícia Civil todas as informações recebidas e que possam contribuir com as investigações.

O Mineirão afirma também que os arquivos do circuito interno do estádio são repassados aos órgãos competentes sempre que solicitados formalmente.

Confusão no Mineirão



Mineirão virou praça de guerra após o empate por 0 a 0 entre Cruzeiro e Atlético. Cruzeirenses e atleticanos se enfrentaram em confusão que envolveu invasão de setor, quebra de cadeiras, bombas de efeito moral e gás de pimenta. 
 
A confusão se iniciou pouco depois de o jogo acabar, por volta das 18h. Torcedores de Atlético e Cruzeiro começaram a se provocar com cânticos.

Em dado momento, um torcedor do Cruzeiro, instalado em um dos camarotes, atirou uma garrafa nos atleticanos.





Atleticanos, então, invadiram o setor Mineirão Tribuna e camarotes destinados originalmente a cruzeirenses. Para isso, entraram em confronto com seguranças privados do estádio.

Quando a invasão se consumou, torcedores do Cruzeiro responderam e também partiram para o confronto. Foi aí que o Mineirão virou praça de guerra.

Torcedores do Atlético que ocupavam a parte superior da arquibancada do Mineirão quebraram cadeiras e as arremessaram para baixo. Copos também foram lançados.

Em número pequeno, policiais militares, que demoraram a chegar, interviram com tiros para o alto, bombas de efeito moral e muito gás de pimenta. A correria, então, se intensificou.

Torcedores partiram em direção à área interna de camarotes.
O gás de pimenta chegou aos corredores do Mineirão e às regiões de aglomeração de pessoas, onde muitos passaram mal e precisaram ser atendidos em ambulâncias.

Depois, a confusão seguiu generalizada no estacionamento, próximo dos camarotes e do vestiário do Cruzeiro.

Segundo a Minas Arena, 580 profissionais da empresa privada Esquadra estavam escalados para fazer a segurança do clássico. Aproximadamente 130, porém, não foram ao trabalho por diversos motivos, entre eles o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado durante a tarde de domingo.

A responsabilidade da segurança interna do Mineirão é da empresa privada. O Batalhão de Choque da Polícia Militar só intervém em caso de confronto, como ocorreu após o jogo. 

Em função da violência em mais um clássico, Cruzeiro e Atlético entraram em consenso sobre a realização de jogos com uma só torcida a partir de 2020. Apenas o mandante poderá comercializar ingressos.

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