Curiosamente, ambos disputam o posto de maior goleador de equipes em atividade na Série A do Brasileiro. Com desempenho superior em 2019, o atacante celeste lidera a lista com 385, seguido pelo alvinegro, que já balançou as redes 382 vezes na carreira. E, mesmo que ambos estejam em momento delicado, essa disputa promete se arrastar por mais tempo, já que ambos têm contrato com seus clubes até dezembro de 2020.
Aos 39 anos, Ricardo Oliveira viu seu prestígio diminuir no período antes da Copa América quando perdeu a vaga de titular para o prata da casa Alerrandro, de 19. Com passagem pela Seleção Brasileira, o atacante aceitou o banco sem reclamar e ganhou muitos elogios do técnico Rodrigo Santana. “Mesmo sendo reserva, ele trabalha muito. Normalmente era o último a sair do campo. Isso mostra o grau de profissionalismo do Ricardo”, afirma o treinador.
Ricardo Oliveira ainda divide a condição de artilheiro do Galo em 2019 com o próprio Alerrandro com 13 gols. A última vez que marcou foi na primeira rodada do Brasileiro, na vitória sobre o Avaí por 2 a 1, no Independência, em 27 de abril. O camisa 9 perdeu a vaga de titular no empate por 1 a 1 com o São Paulo, em 13 de junho (último jogo antes da parada para a Copa América), mas recuperou o posto no jogo da semana passada com o Botafogo (vitória por 1 a 0), no Engenhão, pela Copa Sul-Americana.
O artilheiro desconsidera o longo jejum de gols e valoriza a atuação coletiva nos últimos jogos: “A questão do gol não me preocupa muito porque o trabalho está sendo benfeito. No momento certo, a bola entra. É normal você ter um pouco de pressão, pois são muitos jogos sem fazer gols. Ainda teve o fato de eu ter ficado fora do time, com o Alerrandro entrando e o Papagaio tendo chances. Mas tenho ajudado da melhor forma possível com passes e com marcação”.
Ricardo teve bom começo na participação alvinegra na Libertadores ao marcar quatro vezes e decidir os dois confrontos com o Danubio, pela fase preliminar – empate por 2 a 2 no Uruguai e vitória difícil por 3 a 2, no Horto. O atacante ainda foi o vice-artilheiro do Galo no Mineiro com sete gols, atrás de Alerrandro (oito).
LADO AZUL
Já Fred luta para voltar a ser o atacante preferido do técnico Mano Menezes no Cruzeiro. Ele perdeu a posição justamente diante do Galo, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, em 11 de junho, quando o treinador optou por uma formação mais “leve” para surpreender o adversário, o que acabou ocorrendo: Pedro Rocha o substituiu, abriu o marcador, deu assistência para Thiago Neves marcar o segundo e teve grande atuação na goleada por 3 a 0.
Já Fred luta para voltar a ser o atacante preferido do técnico Mano Menezes no Cruzeiro. Ele perdeu a posição justamente diante do Galo, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, em 11 de junho, quando o treinador optou por uma formação mais “leve” para surpreender o adversário, o que acabou ocorrendo: Pedro Rocha o substituiu, abriu o marcador, deu assistência para Thiago Neves marcar o segundo e teve grande atuação na goleada por 3 a 0.
No jogo de volta, o camisa 9 voltou a ser titular, mas em função de Thiago Neves ter sido preservado por não estar 100%. Ele só voltou a atuar na derrota por 2 a 0 para o Athletico, domingo, em pleno Mineirão, quando os reservas foram escalados.
No 0 a 0 com o River Plate, terça-feira, entrou aos 27min do segundo tempo e teve boa atuação, além de ter convertido a cobrança na disputa de pênaltis. Mas nada disso foi suficiente para evitar a eliminação da Raposa ou mesmo acabar com o jejum de gols.
Pior foram as declarações depois da partida, quando criticou o esquema de jogo implantado por Mano Menezes. Também disse não ter as características que o treinador quer em um atacante, provocando mal-estar.
Preciso voltar a marcar, preciso voltar a ser titular. Enquanto isso não acontece, eu vou tentando ajudar do jeito que tenho, do tempo que tiver em campo, de alguma forma, ali fora, independentemente de qualquer coisa. Lógico que a gente fica triste de sair do time, mas a gente entende que é uma característica do Mano, de marcar bem lá atrás, todo mundo, e depois de sair no contra-ataque. Eu não me encaixo nessa característica dele, então, assim, quando precisar, vou tentar sempre dar o meu melhor”, declarou.
Preciso voltar a marcar, preciso voltar a ser titular. Enquanto isso não acontece, eu vou tentando ajudar do jeito que tenho, do tempo que tiver em campo, de alguma forma, ali fora, independentemente de qualquer coisa. Lógico que a gente fica triste de sair do time, mas a gente entende que é uma característica do Mano, de marcar bem lá atrás, todo mundo, e depois de sair no contra-ataque. Eu não me encaixo nessa característica dele, então, assim, quando precisar, vou tentar sempre dar o meu melhor”, declarou.
Os companheiros, porém, seguem acreditando no jogador. “O Cruzeiro precisa de todo mundo e o Fred é uma referência para nós e para o Mano também. Ele foi titular na maioria da temporada por mérito, mas, às vezes, por circunstâncias, tem de mexer (na escalação). Então, tem de saber respeitar as decisões, principalmente do nosso comandante, que sempre quer o melhor para o Cruzeiro”, declarou o goleiro Fábio.
RICARDO OLIVEIRA
382 gols na carreira
743 jogos
Média de 0,51 por partida
13 gols na temporada
32 jogos
Média de 0,40 por partida em 2019
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FRED
385 gols na carreira
709 jogos
Média de 0,54 por partida
16 gols na temporada
31 jogos
Média de 0,51 por partida em 2019