Equipes femininas dos três clubes - Foto: Mourão Panda/América; Pedro Souza/Atlético; Igor Sales/CruzeiroA primeira metade da temporada 2019 do futebol feminino nacional está perto do fim. América e Cruzeiro estão na disputa da Série A2 do Campeonato Brasileiro, enquanto o Atlético foi eliminado na primeira fase do torneio. O Galo foi o único dos três grandes clubes da capital a disputar outra competição nos primeiros meses deste ano: a Copa BH, que será decidida no domingo.

Resultados em campo à parte, os três times têm algo em comum. Mesmo com a linha 2019 de uniformes já lançada e utilizada pelas equipes profissionais masculinas, as femininas usam um outro modelo (no caso de Atlético e Cruzeiro, treinam e atuaram em todas as partidas do ano com a linha passada, de 2018). Por qual motivo isso ocorre? O Superesportes procurou os diretores dos clubes para buscar explicações.

Uniformes utilizados pelos times masculino e feminino - Foto: Bruno Cantini e Pedro Souza/AtléticoA coleção de uniformes de 2019 do Atlético, produzida pela Le Coq Sportif, foi lançada em 16 de maio. Desde então, a equipe feminina principal do Galo atuou quatro vezes (três pela Copa BH e uma em amistoso), mas utilizou a linha de uniformes de 2018, fabricada pela Topper. Segundo o diretor de operação de estádios Lucas Couto, que também é um dos responsáveis pelo marketing atleticano, isso se dá pelo tempo em que a nova linha foi lançada. Além disso, ele antecipou que na próxima partida do time, no domingo, às 11h, na Arena Pitangui, contra o Paraíso, pela final do torneio regional, a equipe utilizará a versão alternativa da coleção atual.

“Isso é porque temos 42 dias de coleção lançada e ainda estamos trocando todos os uniformes, está nesse processo. Eu te garanto que até o final de julho vai estar tudo trocado, incluindo até as categorias de base. No feminino, a Le Coq está produzindo mais camisas específicas do modelo feminino. Para a decisão de domingo, inclusive, o time vai utilizar o uniforme preto da Le Coq”, disse Lucas Couto, ao Superesportes. No segundo semestre, o Galo disputará o Campeonato Mineiro.

Uniformes utilizados pelos times masculino e feminino - Foto: Bruno Haddad e Vinnicius Silva/CruzeiroO Cruzeiro teve a linha completa de uniformes para 2019 lançada em 7 de março, pela Umbro. Depois do lançamento, a equipe feminina entrou em campo sete vezes, todas pelo Brasileiro. Nas ocasiões, o time usou a camisa da coleção 2018 (também da Umbro), assim como faz nos treinamentos. Diretor comercial do clube, Renê Salviano disse que isso ocorre pelo número de peças cedidas pela fornecedora de material esportivo inglesa.

“O material do feminino, feito pela Umbro, chegaria em março, mas foi remarcado para 19 de junho. Porém, ainda não recebemos. Estamos aguardando e, enquanto isto, estamos utilizando o material existente de 2018. Em breve, esta nova modalidade estará devidamente uniformizada. Estamos estudando muito, nossas mídias sociais já têm dado a atenção especial que merecem e, em breve, teremos novas propriedades comerciais para serem captadas com foco em marcas que tenham sinergia com o futebol feminino.”, disse Renê Salviano, ao Superesportes.

No segundo semestre, a equipe celeste disputará o Brasileiro (está nas quartas de final) e o Estadual.

Uniformes utilizados pelos times masculino e feminino - Foto: Mourão Panda/AméricaO América se encontra em uma situação diferente em relação a Atlético e Cruzeiro. O time profissional feminino do Coelho utiliza uniformes da Kickball, enquanto o masculino veste Sparta, marca própria instituída neste ano. Diretor de marketing e negócios do clube, Erley Lemos disse que está satisfeito com a Kickball, mas que a Sparta deve tomar à frente da confecção de todos os materiais brevemente.

“Temos contrato com a Kickball, tanto no feminino quanto no futebol americano, então não poderíamos deixar essas equipes atuarem com a Sparta, nossa marca própria. A Kickball faz um trabalho muito bom, os materiais são bons, não faltam e são atualizados por temporada. Mas, com o fim do vínculo com eles, temos a intenção de migrar todas as modalidades para a nossa marca própria (Sparta) e sempre todos com a mesma linha”, disse Erley Lemos, ao Superesportes.

No restante do ano, a equipe alviverde ainda disputará o Brasileiro (está nas quartas de final) e o Estadual.