“Fiquei olhando lá em cima (na arquibancada), procurando o (Sérgio) Sette Câmara (presidente do Atlético). Tem todo o desgaste da saída, do jeito que saí escorraçado do Atlético, mas eu caí para cima. Já ouviu esse ditado? Caí para o Cruzeiro. Minha vida está nas mãos de Deus e estou feliz por conquistar pelo terceiro título nesse retorno ao Cruzeiro", disse Fred à Rádio Itatiaia.
Em posicionamento passado pela assessoria de comunicação do Atlético ao Superesportes, Sérgio Sette Câmara respondeu, em tom de ironia: “Acho estranho que o Fred tenha usado esse termo, uma vez que assinou a rescisão, concordou com os termos, teve a dívida reconhecida dias depois pelo empresário e agora tem esse reconhecimento. Ele deveria se preocupar em pagar a dívida”, disse. O presidente se refere ao imbróglio judicial envolvendo jogador e Atlético.
Relembre o caso
Atlético e Fred rescindiram contrato na noite de 22 de dezembro de 2017. No dia seguinte, o Cruzeiro anunciava oficialmente a contratação do centroavante. Para isso, a diretoria celeste assumiu formalmente a dívida assumida pelo jogador com seu ex-clube.
No acordo de rescisão, ficou definido que Fred só poderia atuar pelo Cruzeiro se pagasse R$ 10 milhões ao Atlético - valor que, no entendimento da diretoria alvinegra, já beira os R$ 12 milhões. O centroavante exigiu que o clube celeste assumisse a dívida para dar prosseguimento às negociações, concluídas rapidamente.
O contrato de rescisão entre Atlético e Fred previa que a dívida passaria a valer um dia útil depois do registro do atacante no Boletim Informativo Diário (BID), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O nome do atacante apareceu na plataforma em 16 de janeiro, véspera da reestreia dele com a camisa celeste.
Sem receber o dinheiro, o Atlético optou por ingressar judicialmente para cobrar a multa. O caso segue sem definição.