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CAMPEONATO MINEIRO

Presidente da FMF rebate críticas de Atlético e Cruzeiro, mas assume arbitragem polêmica no clássico

Adriano Aro disse que questionamentos à FMF fazem parte do futebol

Humberto Martins Matheus Muratori
Um dia após o clássico, Adriano Aro assumiu arbitragem polêmica e comentou fogo cruzado de rivais - Foto: Humberto Martins/EM/D. A Press
 Em seu primeiro ano de mandato à frente da Federação Mineira de Futebol, Adriano Aro já sentiu que crises institucionais serão constantes. Antes do clássico de domingo, o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, acusou a entidade de atender os interesses do Atlético. Passado o jogo, que terminou com empate por 1 a 1 e algumas polêmicas relacionadas à arbitragem de Wanderson Alves de Souza, foi a vez de o presidente alvinegro, Sérgio Sette Câmara, acusar o dirigente de estar “se borrando” de medo de Itair.

Nesta segunda-feira, Aro esteve presente na cerimônia de entrega do Troféu Guará e tentou minimizar o fogo cruzado. “São coisas do futebol. Entendo o posicionamento de cada uma das diretorias, não concordo. Acho que ambas estão erradas, mas são coisas do futebol. Vida que segue. A Federação está aqui para fazer o melhor, para buscar fazer o melhor campeonato possível e vai continuar com  tranquilidade, fazendo o trabalho dela.
Se esforçando para que tenha o melhor resultado possível na organização e promoção do campeonato” disse o presidente.


O Cruzeiro, por meio do vice de futebol, Itair Machado, chegou a afirmar que questionará na Justiça a eleição de Adriano Aro para a presidência da FMF, ocorrida em outubro de 2017. O presidente da FMF se mostrou tranquilo e tratou o tema como “oportunismo”.


“Eu tenho a mais absoluta certeza que tudo na Federação, a minha eleição, transcorreu com muita transparência e seriedade. Aconteceu há mais de um ano atrás. Achei que foi oportunismo da parte dele (Itair Machado, vice-presidente de futebol do Cruzeiro) somente dizer isso às vésperas de um clássico. Mas eu acho que ele tem que buscar o direito dele na Justiça. Estou muito tranquilo, acho que vai ser totalmente infrutífera qualquer ação. Mas acho é um direito dele. Ele pode ir à Justiça. Se ele entende que teve algo indevido, que vá à Justiça.  Mas eu estou super tranquilo. Tenho a demais a mais absoluta certeza que tudo transcorreu com transparência, lisura e dentro do que é o direito”, afirmou Aro.

Arbitragem do clássico

Acerca das polêmicas do clássico, Aro concordou que a arbitragem de Wanderson Alves chamou mais atenção do que deveria. O árbitro se contundiu no segundo tempo e foi substituído por Ronêi Cândido.

O Atlético questionou um pênalti de Igor Rabello sobre Fred, que resultou no gol do Cruzeiro, e uma penalidade não marcada de Leo sobre Rabello.


Já a direção cruzeirense se queixou de pênalti não assinalado sobre Fred, em outro lance com Igor Rabello.
 
“A Federação nunca quer que a arbitragem seja o protagonista do jogo, que apareça mais que os jogadores,  mais do que as equipes. E no meu entendimento, infelizmente, ontem (no clássico de domingo), a arbitragem apareceu mais do que os jogadores e mais do que as equipes. Então, vamos trabalhar, vamos buscar as correções necessárias para que isso não aconteça. Que o que sobressaia sejam os jogadores e as equipes”, concluiu.
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