Natural de Itaguaí (RJ), Ademílson termina 2018 com duas façanhas em clubes diferentes. No primeiro semestre, ele levou o Tupynambás ao título do Módulo II, sendo um dos destaques da campanha. Em seguida, obteve o vice-campeonato da Terceirona e conseguiu outro acesso, desta vez à Segunda Divisão nacional, com o Athletic Club, de São João del-Rei, que voltou às atividades depois de 40 anos.
Com passagens por Fluminense e Botafogo e mais de uma dezena de times, o atacante sonha com voos mais altos na próxima temporada: “Espero que 2019 seja tão bom quanto 2018. Preciso manter a sequência para trazer novas conquistas ao clube. Eu me cuido muito e ainda aguento correr atrás da molecada”. O jogador afirma que nem passa por sua cabeça a hora de parar: “Futebol é sonho de muitos.
No Athletic, Ademílson atuava com um grupo cuja maioria dos atletas tinha menos de 21 anos. Agora, ele terá companheiros veteranos como o goleiro Glaysson, de 39, que também jogará no Baeta, apelido da agremiação da Zona da Mata. Sua função será a de líder, procurando ensinar os segredos da bola aos que estão começando: “Sempre procuro ajudar da mesma forma que muitos me ajudavam quando era mais novo. No Athletic, tínhamos garotos bons e talentosos, que em breve terão chances em outros clubes. Nós nos dávamos muito bem”.
Longe da badalação das grandes metrópoles, ele escolheu viver na tranquilidade de Juiz de Fora, onde mora desde 2007. Não é por acaso que foi homenageado pela Câmara Municipal com o título de cidadão honorário. Na cidade, adquiriu o respeito mútuo dos torcedores de Tupi – pelo qual atuou de 2007 a 2010 e de 2011 a 2015 – e Tupynambás. É comum fãs de qualquer uma das torcidas o procurarem para fazer fotos e ganhar autógrafos.
CLÁSSICO
Uma das atrações no Estadual do ano que vem é justamente o duelo entre os rivais locais – chamado popularmente de clássico Tu-tu. Numa mostra de cordialidade, algo raro no futebol nacional, dirigentes das equipes prometeram organizar o confronto sem rusgas, com ações conjuntas de marketing e divisão igual da renda. Para Ademílson, a sensação de jogar uma partida como essa é especial: “Tenho um carinho e respeito enorme pelo Tupi e pelos torcedores. Conquistei muitas coisas pelo clube e pude dar minha contribuição em todos esses anos.ADEMÍLSON CORRÊA
Nascimento: 10/9/1974, em Itaguaí (RJ)
Altura e peso: 1,73m e 72kg
Clubes na carreira: Ypiranga-RS (1994); Rio Branco-ES (1995-1997); Comercial (1998); Alegrense (2001-2002); Botafogo (2002); Fluminense (2003); Deportivo Iraputo-MEX (2003-2004); Lokeren-BEL (2005); Paysandu (2005); Cianorte-PR (2006); Marília (2006); Tupi (2007-2010); Ipatinga (2010); Uberlândia (2010); Tupi (2011-2015); Tupynambás (2016-2018); Athletic (2018); Tupynambás (2019)
Títulos: Série D do Brasileiro (2011); Taça Minas Gerais (2008); Módulo II do Mineiro (2016)
.