O primeiro jogo entre os clubes será na primeira fase do Campeonato Mineiro, em 27 de janeiro, domingo, às 17h, no Mineirão. O mando é do Cruzeiro. De acordo com Barbosa, existe boa vontade dos presidentes Wagner Pires de Sá, do Cruzeiro, e Sérgio Sette Câmara, do Atlético. Apesar disso, nenhuma reunião sobre a divisão igualitária dos ingressos para as duas torcidas neste primeiro jogo foi realizada.
“O clássico certamente será no Mineirão, já que somos mandantes. Temos conversado nos últimos meses para tentar trabalhar melhor e promover melhor o clássico. A ideia de jogar no Mineirão com torcida dividida ainda existe, mas ainda depende de uma série de fatores. Cruzeiro e Atlético neste fim de ano entraram em momentos decisivos, nós (Cruzeiro) na Copa do Brasil e o Atlético brigando pela vaga na Libertadores, e não tivemos tempo ainda de nos reunir novamente e definir detalhes finais para formatação do acordo. Mas o mais importante disso tudo é a intenção do Wagner e do Sette Câmara de que o clássico aconteça no Mineirão e com torcida dividida. Agora é sentar, avaliar bem todos os parâmetros que envolvem o clássico para que aconteça tudo bem”, afirmou Marcone Barbosa
“Temos até a semana do clássico para definir como vão ser as regras do jogo na parte da organização. Mas a ideia, tanto de Atlético quanto de Cruzeiro, é o quanto antes chegar a um acordo neste sentido para que a gente possa ter o jogo no Mineirão, possa voltar a ter o maior jogo de Minas Gerais bem promovido, divulgado para torcidas e que seja decidido sempre dentro de campo. Nos últimos anos, Cruzeiro e Atlético não têm se entendido bem, os dois clubes saíram prejudicados e o mais importante é que o torcedor também saiu prejudicado. Vamos ver se dessa vez a gente chega a um consenso, trabalharemos melhor isso para promover melhor”, acrescentou o dirigente celeste.
A última vez que um clássico entre Atlético e Cruzeiro foi disputado com as torcidas divididas foi em 1º de fevereiro de 2017, pelo Grupo C da Primeira Liga. No Mineirão, diante de 41.530 torcedores, a equipe celeste venceu por 1 a 0, com gol de Arrascaeta.
Atlético
Ex-jogador do Atlético e hoje diretor de futebol interino, Marques vê com bons olhos a volta dos jogos no Mineirão. Ele frisou que é importante discutir as questões de segurança que envolvem o jogo.
“Acho que tem que haver uma boa construção para ter um bom entendimento. Perguntar isso para mim é covardia, pois joguei clássicos que ficaram marcados na minha história e do Atlético sempre com torcida dividida, e era sempre mais bonito, romântico, como gostamos. Vamos ver, acho que sentando e trazendo os componentes para trazer segurança acima de tudo, para que as pessoas se sintam seguras para ir a um jogo importante como esse, é importante. Acho que é uma boa oportunidade para começarmos a construir essa ideia novamente de trazer o clássico com torcida dividida, no Mineirão, ou até dentro do Independência”, disse Marques.
Discussões em 2018
O ano de 2018 não foi dos mais amigáveis entre as diretorias de Atlético e Cruzeiro. Em abril, depois da decisão do Campeonato Mineiro, o meia-atacante atleticano Luan teria sido agredido na saída de campo, no Mineirão. Com isso, os dirigentes do Galo recuaram sobre um possível clássico “meio a meio” neste ano.
No mês seguinte, em maio, em um clássico pelo Campeonato Brasileiro no Independência, foi a vez do Cruzeiro reclamar do arquirrival. Funcionários do clubes assistiam em um camarote à partida contra o Atlético, até que uma confusão se instaurou devido a proximidade dos cruzeirenses com torcedores atleticanos.
Já no último clássico de 2018, em setembro, no Mineirão, a diretoria do Atlético reclamou do preço dos ingressos destinados aos atleticanos, visitantes naquele jogo. Os bilhetes foram vendidos a R$ 150 e R$ 240, e o Cruzeiro demorou a liberar os tíquetes para a compra dos alvinegros.