Com dois cartões amarelos, atleticanos e cruzeirenses entram pendurados neste primeiro embate. Muitos deles importantes, como o alvinegro Leonardo Silva e os dois volantes celestes.
Certamente, o lado alvinegro inspira mais cautela, já que toda a defesa titular está ameaçada de não jogar a decisão – Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos. Para piorar, o reserva de Patric, Samuel Xavier, também está com dois amarelos. Outro pendurado é o atacante Erik, também opção de banco. Ainda que a questão preocupe, o grupo tenta se concentrar somente na preparação técnica para tentar vencer o clássico do Horto e tirar a vantagem adversária.
O lateral-esquerdo Fábio Santos entende que os jogadores devem atuar naturalmente, mas com cautela para não desfalcar o time alvinegro no segundo jogo da decisão: “Acabei tomando um cartão de bobeira na semifinal, contra o América, em que calculei errado. Temos que jogar o mais natural possível, tentar esquecer isso, deixar que as coisas aconteçam e evitar esse cartão, de chutar uma bola para o alto desnecessariamente ou por reclamação. E jogar o jogo.
Embora tenha seis pendurados e corra o risco de perder atletas para o segundo jogo, o Atlético vem se mostrando um time mais disciplinado em 2018. Nos 14 jogos do Estadual, a equipe foi advertida 24 vezes com cartão amarelo (média de 1,7 por partida) e não teve jogador expulso – em 2017, foram 33 amarelos e um vermelho em 15 jogos. O volante Adílson e o armador Otero foram os únicos a cumprir suspensão automática na atual edição. Na Copa do Brasil, o time alvinegro foi advertido 12 vezes em quatro jogos e não teve atleta expulso.
O técnico Thiago Larghi mantém a filosofia de jogar ofensivamente, sem abusar da violência ou do antijogo: “Nossos jogadores não fazem cera, ninguém viu nossos jogadores caídos. Nosso time não dá porrada em adversário, joga na bola, joga limpo e competindo. Acreditamos neste tipo de futebol. Acreditamos que vamos vencer jogando sempre para a frente”.
SEM TIRAR O PÉ
Pelo lado azul, os jogadores se mostram bastante tranquilos. Alguns, como o volante Henrique, já estão acostumados a atuar sob o risco de ser suspensos. Já o atacante Raniel chegou a ser poupado pelo técnico Mano Menezes no jogo de volta das semifinais, contra o Tupi, domingo, mas acabou entrando ainda no primeiro tempo devido à lesão no joelho direito sofrida por Fred, que ficará ao menos seis meses no departamento médico.
Segundo os próprios atletas, não dá para ficar pensando em cartão quando se está em campo. Ainda mais quando se trata de clássico que pode deixar o título bem encaminhado.
“Em jogos assim, decisivos, não dá para tirar o pé, tem de jogar em nível máximo o tempo todo.
No já citado jogo com o Tupi, o goleiro Fábio cumpriu suspensão por ter recebido o terceiro cartão amarelo na partida de ida. Rafael mais uma vez deu conta do recado, mostrando que o argumento do camisa 18 é válido.
Já o volante Ariel Cabral também volta de suspensão, mas por ter sido expulso no primeiro jogo. Ainda que não tome o segundo amarelo domingo, ele poderá ficar de fora do jogo da decisão, pois será julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) na terça-feira pelo cartão vermelho recebido em Juiz de Fora.
Em 14 jogos no Mineiro, os jogadores do Cruzeiro foram advertidos 34 vezes (média de 2,42 por jogo). Já as expulsões somam duas – Edílson foi o outro a receber o vermelho, justamente no clássico da primeira fase. Egídio, Fábio, Rafael Sobis e Robinho foram os jogadores que cumpriram suspensão por receber três ou mais cartões. Na Copa Libertadores, o clube jogou uma vez e um jogador foi advertido, o volante Mancuello.
Alvinegros em perigo
Jogadores do Atlético com dois cartões amarelos
* Leonardo Silva (Zagueiro)
* Gabriel (Zagueiro)
* Patric (Lateral-direito)
* Samuel Xavier (Lateral-direito)
* Fábio Santos (Lateral-esquerdo)
* Erik (Atacante)
Celestes no limite
Cinco atletas do Cruzeiro estão pendurados
* Edílson (Lateral-direito)
* Henrique (Volante)
* Ariel Cabral (Volante)
* Mancuello (Volante)
* Raniel (Atacante)
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