Na primeira passagem pelo Cruzeiro, entre 2004 e 2005, Fred marcou 56 gols em 71 partidas - Foto: Túlio Santos/EM/D.A. PressO atacante Fred revelou algumas situações envolvendo seu retorno à Toca da Raposa II, a saída do Atlético e sobre propostas do exterior. O jogador, de 34 anos, relatou que foi cobrado quando rescindiu com o Galo e que tenta voltar ao Cruzeiro desde 2009, quando se encontrava insatisfeito no Lyon, da França. A entrevista foi concedida à TV Globo.

Fred, revelado no América, chegou ao Cruzeiro pela primeira vez em 2004, aos 20 anos. Após destaque, foi vendido ao Lyon, em agosto de 2005, por 12 milhões de euros. Retornou ao Brasil em 2009, para o Fluminense, mas relatou que tenta voltar ao Cruzeiro desde aquela época. “Sempre tive o sonho de retornar ao Cruzeiro, desde 2009 que tento o meu retorno”.

O atacante esclareceu o desejo da família em se transferir para o mundo árabe, o que foi negado pelo centroavante. “Minha família falou para mim: ‘Fred, você terá um ano e meio de contrato, ganhará mais do que em qualquer clube daqui, e você ficará em paz no Catar por um ano e meio. Aqui a imprensa vai te cobrar, a torcida vai te cobrar e você também vai se cobrar’. Quando as coisas não vão bem eu não saio, não curto, não faço nada. Aí falei: ‘Ainda não acabou. Tem muita coisa boa para vir’”.

O camisa 9 da Raposa também falou da conturbada saída do Atlético, para logo depois assinar com o Cruzeiro. O goleador se disse chateado com algumas situações no Galo, e ressaltou a importância em voltar para o “time do coração”.

“Começou a passar tudo pela minha cabeça, meu coração começou a saltar de novo, porque estava um pouco chateado com a forma que o Atlético estava me tirando, e falei: ‘Não. Vou ter a oportunidade de estar no meu clube, onde eu já tenho uma história, o time é muito bom’. Todos da minha família viram o brilho no meu olhar e falaram que eu estava parecendo um menino”.

“Tomei muita porrada quando saí do Atlético e vim para o Cruzeiro. Mas todo mundo só consegue olhar um lado, tipo: ‘poxa, saiu daqui e foi para o outro lado…’, mas ninguém conseguiu enxergar o lado do desafio, em querer crescer. Eu sou movido a esses desafios”.

“Começou a passar tudo pela minha cabeça, meu coração começou a saltar de novo, porque estava um pouco chateado com a forma que o Atlético estava me tirando, e falei: ‘Não. Vou ter a oportunidade de estar no meu clube, onde eu já tenho uma história, o time é muito bom’. Todos da minha família viram o brilho no meu olhar e falaram que eu estava parecendo um menino”.

“Sempre tive o sonho de retornar ao Cruzeiro, desde 2009 que tento o meu retorno”.

“Minha família falou para mim: ‘Fred, você terá um ano e meio de contrato, ganhará mais do que em qualquer clube daqui, e você ficará em paz no Catar por um ano e meio. Aqui a imprensa vai te cobrar, a torcida vai te cobrar e você também vai se cobrar’. Quando as coisas não vão bem eu não saio, não curto, não faço nada. Aí falei: ‘Ainda não acabou. Tem muita coisa boa para vir’”.

“Eu sempre declarei, não é de agora, que sou cruzeirense. Fiquei oito anos no Fluminense, tenho um carinho muito grande pelo clube. São os dois clubes do meu coração. Mas o Cruzeiro é o clube de infância, aquela coisa de ir com o meu tio na moto ver os jogos, acompanhar o time na época de Marcelo Ramos, Fábio Júnior”.

“Quando disputei o Campeonato Mineiro na época em que estava sendo revelado pelo América, o time o Cruzeiro era Alex, Aristizábal… aquele time da Tríplice Coroa. E jogar contra eles era uma realização, porque eu era fã. Lembro que eu ficava no ponto para pegar carona e o Alex passava em uma caminhonete prata, um carrão, e eu estufava o peito para ver se ele falava: ‘Vem, que te levo no América’. Mas ele passava batido e acho que nem me reconhecia (risos). Eu era moleque, estava começando no profissional ainda. Mas sempre fui fã dele, meu coração é cruzeirense”.

“Eu entrava e via o Mineirão lotado com a torcida do Cruzeiro, era mais emocionante. Tinha o sonho de jogar no Cruzeiro”.

Veja a declaração de Fred sobre ser cruzeirense em sua apresentação: 

“Lógico que para nós, centroavantes, fazer gols sempre é muito importante. Mas as coisas precisam acontecer naturalmente. Se eu ver um companheiro melhor colocado, eu vou tocar a bola. O principal objetivo meu aqui é ganhar, levantar taça e ser feliz aqui novamente com essa camisa que me deu tantas alegrias”.

“Pensar no amanhã é tão difícil. O amanhã pertence a Deus. Não tem jeito. Ele é quem vai decidir os nossos caminhos. O que eu quero é estar bem agora, nos próximos jogos, fazer gols, ser campeão e ver o que Deus tem preparado para mim pela frente. O desejo do meu coração é jogar aqui até o final, completar os três anos (de contrato) e se eu não tiver aguentando jogar em alto nível, encerrar a carreira com muitos títulos”.