O Atlético joga pelo empate por causa da melhor campanha na primeira fase do Campeonato Mineiro. O Galo somou 27 pontos, mesmo número do Cruzeiro, mas teve nove vitórias contra oito do rival. O time alvinegro jamais perdeu jogos de mata-mata como mandante no Horto. Neste ano, venceu os nove que disputou no estádio. Já o Cruzeiro, que não perde para o Atlético há oito jogos, se apega aos últimos duelos contra o rival no Independência para levantar a taça. Nas últimas três vezes em que se enfrentaram no Horto, foram três triunfos celestes.
A casa estará lotada neste domingo. Todos os ingressos colocados à venda foram comercializados. Depois de muito brigar nos bastidores, o Cruzeiro conquistou o direito de ter 1.871 torcedores no Independência - 8% do total da carga. O restante da arquibancada será ocupada por atleticanos, que compraram 18.268 bilhetes. O clube ainda tem 2.390 sócios com entrada garantida ao estádio. A expectativa é de que o Horto receba 22.529 pessoas, o que representará recorde de público.
Atlético
“A gente joga para vencer. A estratégia durante o jogo, ou mais atrás ou à frente, é sempre procurando a vitória. Temos de esperar o jogo começar para saber como se comportará o adversário. Vamos entrar para vencer, mas a estratégia é escolhida somente na hora”, disse o treinador alvinegro.
O último treino do Atlético foi fechado. A imprensa não teve acesso à Cidade do Galo. Roger Machado tem a equipe na cabeça, mas não revela a escalação. A goleada sobre o Sport Boys, na última quarta-feira, trouxe várias opções para o treinador. No entanto, a escalação da primeira partida deve se repetir. A principal briga é entre Otero, um dos destaques contra os bolivianos, e Marlone, titular nos últimos jogos do Estadual.
O retrospecto no Independência é favorável ao Atlético. O clube jamais perdeu um jogo de mata-mata como mandante no estádio desde a reinauguração, em 2012. São 21 jogos, com 12 vitórias e 9 empates, resultados que dariam ao Alvinegro a taça. Além disso, o time venceu todos os jogos realizados (9) no Horto em 2017.
Cruzeiro
“Dos piores caminhos do treinador deve buscar é achar que tem que surpreender. Não me vejo com essa obrigação, nem acho que tem que surpreender o adversário. Acredito que os dois lados sabem o que o outro vai fazer, com pequenas alterações e pequenos ajustes”, disse Mano Menezes. “Precisamos ter alternativas, planos diferentes se as coisas pedirem. Será o segundo 90 minutos da decisão. O jogo está igual. E igual não serve para a gente. Temos que traçar novas estratégias para os últimos 90 minutos. Se serão diferentes no início ou na segunda parte da partida são coisas que guardamos para definir na última hora”, complementou.
Mano Menezes optou por fechar os dois trabalhos de preparação para o clássico. A imprensa pôde acompanhar apenas o aquecimento dos jogadores nos treinamentos de quinta e sexta-feira, na Toca da Raposa II. Neste período da atividade, nada das presenças do lateral-direito Ezequiel e do meio-campista Robinho, que foram confirmados na lista de relacionados para o duelo.
Embora tenha declarado que “o igual não serve”, a tendência é que Mano Menezes inicie o duelo no Independência com o mesmo time que empatou o duelo de ida, no Mineirão. As alternativas prometidas pelo treinador estarão no banco de reservas. Principalmente o argentino Ramón Ábila, poupado do jogo contra a Chapecoense, no meio de semana, mas já à disposição para domingo.
ATLÉTICO X CRUZEIRO
Atlético
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca, Elias, Maicosuel e Marlone (Otero); Robinho e Fred. Técnico: Roger Machado
Cruzeiro
Rafael; Mayke, Leo, Kunty Caicedo e Diogo Barbosa; Henrique e Hudson; Thiago Neves, Arrascaeta e Rafinha; Rafael Sobis. Técnico: Mano Menezes
Motivo: jogo de volta de final do Campeonato Mineiro
Local: Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data e horário: 7 de maio de 2017 (domingo), às 16h
Árbitro: Igor Júnio Benevenuto (Asp. Fifa/MG)
Assistentes: Pedro Araújo Dias Cotta (MG) e Ricardo Júnior de Souza (MG)