O Atlético, por sua vez, perdeu os 100% de aproveitamento no torneio - é o primeiro colocado, com 27 pontos em 30 possíveis - e permitiu ao Cruzeiro ampliar para sete o número de clássicos sem derrota. São cinco triunfos cruzeirenses e dois empates. A última vitória atleticana ocorreu há quase dois anos, em 19 de abril de 2015.
Na próxima terça-feira, às 21h45, no Mineirão, o Cruzeiro jogará pela Copa Sul-Americana diante do Nacional, no duelo de ida da primeira fase. O Galo descansará no meio da semana e só entrará em campo no domingo, às 16h, contra a Caldense, em Poços de Caldas, pela rodada de encerramento da primeira fase do Mineiro.
O jogo
A partida valia pouco em termos de tabela de classificação, pois o Cruzeiro já não poderia tomar a liderança do Atlético. Mas a rivalidade de quase 500 jogos e outras circunstâncias estavam em questão. O time celeste defendia invencibilidade de seis clássicos (quatro vitórias e dois empates) e sequência de 17 partidas sem perder na temporada 2017. Já o alvinegro queria manter os 100% de aproveitamento no Estadual, além de derrubar o tabu diante do arquirrival, vitorioso no duelo de 1º de fevereiro pelo Grupo C da Primeira Liga.
Ao divulgar a escalação cruzeirense, Mano Menezes promoveu a entrada de Rafinha no lugar de Alisson, que sofreu edema leve na coxa direita. A justificativa do comandante estrelado na escolha pelo meia era a manutenção do padrão de jogo da equipe. No lado alvinegro, Roger Machado confirmou o retorno do veterano Leonardo Silva, recuperado de dores no joelho esquerdo.
A resposta atleticana foi rápida. Aos 8min, o venezuelano Otero, grande especialista em cobranças de falta, soltou a bomba de média distância. A redonda passou pela barreira, mas não por Rafael, que a defendeu em dois tempos.
A partir daquele momento, o jogo ficou mais estudado. Ao mesmo tempo em que tinha a posse da bola, o Atlético esbarrava na boa marcação do Cruzeiro, que, com a vantagem em mãos, propunha-se a explorar a velocidade de Rafinha e Arrascaeta.
Preocupado com a falta de uma referência no ataque, o técnico Roger Machado colocou Luan no lugar do apagado Cazares aos 41min da etapa inicial. O Atlético melhorou um pouco, porém não fez o suficiente para tentar ao menos um empate nos últimos instantes da primeira parte.
Depois do segundo gol cruzeirense, o clássico ficou mais quente. Jogadores dos dois times passaram a abusar de faltas e reclamações, obrigando o árbitro Igor Junio Benevenutto a distribuir cartões amarelos.
O Cruzeiro, que ainda teve Fabrício e Ábila nas vagas de Diogo Barbosa e Rafinha, arriscou chutes de longa distância com Rafael Sobis e Lucas Silva. Já o Atlético, com Marlone e Rafael Moura em campo, assustou aos 36min, quando Elias roubou bola de Hudson e acertou a trave esquerda de Rafael.
CRUZEIRO
Rafael; Ezequiel, Leo, Manoel e Diogo Barbosa (Fabrício, aos 23min do 2ºT); Hudson, Ariel Cabral (Lucas Silva, aos 13min do 2ºT), Thiago Neves e Rafinha (Ramón Ábila, aos 33min do 2ºT); Arrascaeta e Rafael Sobis
Técnico: Mano Menezes
ATLÉTICO
Giovanni; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca, Elias, Cazares (Luan, aos 41min do 1ºT) e Otero (Marlone, aos 16min do 2ºT); Robinho (Rafael Moura, aos 31min do 2ºT) e Fred
Técnico: Roger Machado
Gols: Thiago Neves, a 1min do 1ºT; Arrascaeta, aos 13min do 2ºT (CRU); Elias, aos 42min do 2º (ATL)
Cartões amarelos: Ariel Cabral, aos 5min, Diogo Barbosa, aos 12min, Ezequiel e Rafael Sobis, aos 19min, Rafael, aos 47min do 2ºT (CRU); Marcos Rocha, aos 10min, Elias, aos 23min, Rafael Moura, aos 44min do 2ºT (ATL)
Cartão vermelho: Fred, aos 25min do 1ºT (ATL)
Motivo: 10ª rodada do Campeonato Mineiro
Estádio: Mineirão
Data: sábado, 1º de abril de 2017
Árbitro: Igor Junio Benevenutto (Asp. Fifa)
Assistentes: Felipe Alan Costa Oliveira (CBF) e Ricardo Junio de Souza (CBF)
Pagantes: 35.459
Presentes: 40.397
Renda: R$ 1.000.426,00