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Os celestes chegaram duas vezes, ensaiaram o gol. Concretizaram a felicidade da torcida aos 27 minutos, depois que o zagueiro Felipe Santana cortou mal o lançamento e deixou Arrascaeta cara a cara com Giovanni. O uruguaio passou pelo goleiro e rolou para as redes. Explosão azul. Silêncio alvinegro.
Rapidamente, a torcida do Galo reagiu, fez a parte dela, tentou empurrar o time, que não deu a resposta. Já os torcedores do Cruzeiro seguiram no embalo da melhor equipe em campo.
Intervalo e hora de recarregar as energias. Jogadores nos vestiários, torcedores nos bares. Mas nada mudou em campo na etapa final. A produção ofensiva era toda do Cruzeiro. Uma, duas, três vezes - duas delas evitadas com grandes intervenções de Giovanni. Empolgação e lamento de um lado, sufoco e alívio do outro.
Com dificuldades, o Galo esboçou reação. Mais uma vez, os atleticanos não economizaram no grito para empurrar a equipe. Ao mesmo tempo, os cruzeirenses respondiam. Uma nova falha do zagueiro Felipe Santana esfriou a animação alvinegra. Em campo, o clássico esquentou com as expulsões dos cruzeirenses Robinho e Mano Menezes. Os atleticanos Ralph, Fábio Santos e Gabriel levaram amarelo por faltas duras.
O tempo passava. O Galo errou o último ataque. O Cruzeiro tentou o último contra-ataque. A torcida do Cruzeiro fez a festa completa. A temporada 2017 começou com o tabu mantido - desde 2015, o time celeste não perde para o arquirrival. Na volta do Mineirão dividido, foram os cruzeirenses que comemoraram no final. Enquanto o lado azul cantava alto, o alvinegro deixava o estádio em silêncio.