
No documento (veja foto abaixo), divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Dewson diz que o técnico português foi expulso depois de “sair da sua área técnica e ir em direção ao 4º árbitro da partida, Sr. Igor Júnio Benevenuto reclamando de maneira acintosa da arbitragem, proferindo as seguintes palavras: ‘Só 4 minutos de acréscimos, ele esta (sic) louco’ neste momento o mesmo foi em direção ao treinador do América E.C. e proferiu as seguintes palavras: ‘Vai se f**** , seu p****’.
Já o técnico do América, Givanildo Oliveira, teria respondido a altura o treinador cruzeirense e, por isso, foi colocado para fora. “Por sair de sua área técnica e ir em direção ao treinador do Cruzeiro E.C, e proferir as seguintes palavras: ‘vai se f*** seu babaca, esta (sic) querendo tumultuar o jogo, m****’”, relatou o árbitro. A punição também sobrou para o preparador físico do Coelho, Wellington Vero, que teria participado do festival de ofensas.

Paulo Bento e Givanildo não poderão ficar no banco de reservas nos próximos compromissos de Cruzeiro e América, respectivamente. O clube celeste encara o Botafogo, às 21h45, no Mané Garrincha, em Brasília. O Coelho, por sua vez, recebe a Ponte Preta, na quinta, às 19h30, no Independência. Cláudio Prates deverá ser o responsável por orientar o América.
Entenda o caso
O clássico mineiro entre Cruzeiro e América terminou com empate por 1 a 1, resultado ruim para os arquirrivais, e muita confusão nos minutos finais. Tudo por conta do pedido feito pelo técnico cruzeirense Paulo Bento para que seus jogadores dessem sequência à partida depois que um adversário mandou a bola à lateral para que Rafael Bastos, supostamente contundido, recebesse atendimento médico. O português entendeu que o atleta americano só queria ganhar tempo. Por isso, pediu ao volante cruzeirense Bruno Ramires não devolvesse a bola ao rival.
Jogadores americanos se revoltaram com a atitude, pois esperavam fair play do Cruzeiro.
Em seguida, Paulo Bento se queixou com o quarto árbitro Igor Benevenuto do acréscimo de quatro minutos determinado pelo paraense Dewson Fernando Freitas da Silva. O técnico americano Givanildo Oliveira não gostou nada da tentativa do colega de ‘querer interferir na arbitragem’ e foi em direção ao português perguntar se ele apitaria a partida. Depois de muito bate-boca à beira do gramado, o árbitro expulsou os dois técnicos.
Revoltado, o meia Xavier, do América, também discutiu com o técnico do Cruzeiro e mostrou irritação com o episódio. “Ele usou uma expressão não de boa índole. Até me surpreendeu pelo que eu tinha visto dele nas entrevistas, pela educação que ele tinha. Ter mandado o Cruzeiro não devolver a bola, além de ter usado palavras desnecessárias, tanto que causou a confusão fora de campo. Acho que o maior espetáculo é dentro de campo. A gente faz o espetáculo. Não tinha nada a ver uma coisa aqui fora. A gente caiu, machucou e deveriam devolver a bola, fazer o 'fair play'. Isso não aconteceu. Estamos de consciência limpa, quem errou foi o Cruzeiro e eles sabem disso. Eu fico mais indignado de ter vindo de um treinador, de ter falado isso para os seus atletas”.