FUTEBOL MINEIRO
Acabou a lua de mel
Com menos de dois meses de trabalho, treinadores de Atlético e Cruzeiro já sofrem com as cobranças da torcida. Dirigentes garantem que dupla está garantida
Eugênio Moreira /Estado de Minas , Paulo Galvão /Estado de Minas
postado em 01/03/2016 11:00 / atualizado em 01/03/2016 11:38
Não que os treinadores pareçam estar preocupados com as cobranças. Pelo contrário: ambos demonstram muita tranquilidade, mesmo depois de resultados adversos, como a derrota alvinegra por 1 a 0 para a URT, sábado, em Patos de Minas, e o 1 a 1 dos celestes com o América, no Mineirão.
Nem quando o Atlético venceu, Aguirre foi poupado: no 1 a 0 sobre o equatoriano Independiente del Valle, na quarta-feira, no Independência, pela Copa Libertadores, o uruguaio foi obrigado a ouvir os gritos de “burro” por ter substituído o recém-contratado Cazares, que vinha se destacando, pelo estreante Robinho. Na ocasião, o treinador minimizou os apupos. “Estou contente pelo que os jogadores deram, com o espírito, a entrega. Poderíamos marcar mais gols, o jogo teria terminado 3 a 0 e ninguém falaria de vaias. Mas estou tranquilo, com muita confiança nos jogadores. Gostei de como a torcida nos recebeu, nos aplaudiu, ela foi espetacular. Estamos juntos, jogadores e comissão, e a torcida faz parte da família Atlético. Não vamos falar dessa parte da torcida que vaiou, vamos falar da maioria, dos 90% que lotaram o estádio, nos apoiaram e vão continuar nos apoiando”, afirmou Aguirre, que reencontrará o torcedor amanhã no Horto, mas pela Primeira Liga, contra o América, às 19h30.
POUCO TEMPO
Deivid faz coro com o colega. Depois que o Cruzeiro deixou escapar a chance de liderar o Campeonato Mineiro ao sofrer o empate do Coelho aos 46min do segundo tempo no domingo, muitos torcedores demonstraram a insatisfação com o trabalho do jovem treinador, que admite que a equipe ainda deve atuações mais convincentes. “Como torcedor, eu também vaiaria, afinal, as pessoas vão ao estádio para ver o time vencer, seja por 1, 2, 3 a 0”, disse o técnico cruzeirense, admitindo que a Raposa deixou escapar uma vitória importante: “Em um clássico, você tem de estar atento o tempo todo. Demos mole”.
Apesar da insatisfação de parte das torcidas, os dois treinadores têm a seu favor o fato de terem poucos jogos à frente das equipes. Nos dois clubes, ainda há reforços a estrear e a expectativa é de que eles consigam fazer com que os times encontrem o encaixe. No fim de semana, enquanto Aguirre usou time reserva contra a URT, pois a prioridade é a Libertadores, Deivid repetiu o a formação celeste pela primeira vez na temporada. Ou seja, ambos ainda buscam a escalação e o entrosamento ideal. Resta saber até onde vai a paciência dos dirigentes.
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