O resultado levou o time treinado por Renato Gaúcho para a quarta colocação, com 26 pontos. Já os comandados de Diego Aguirre, que tinham a chance de ultrapassar o líder Flamengo (31), permanecem na segunda posição, com 29. Foi também a primeira derrota são-paulina após cinco jogos de invencibilidade.
Os times voltam a campo pelo Brasileirão no próximo domingo. O Grêmio vai até a Arena Condá, em Santa Catarina, para enfrentar a Chapecoense, às 19h. O São Paulo joga um pouco mais cedo, às 16h: visita o Cruzeiro, no Mineirão, em Belo Horizonte.
O jogo
A partida não demorou a pegar fogo.
Com a vantagem no placar, a estratégia de Diego Aguirre foi facilitada. Com apenas Diego Souza mais adiantado, o time praticamente abriu mão da posse de bola (o Grêmio teve 71% dela), fechou-se atrás e jogava no contra-ataque. Mas faltou caprichar na transição. Errando muitos passes - 24 dos 99 realizados -, o time não criava.
Mesmo assim, teve a chance de "matar" o jogo já aos 45. Rojas lançou Diego Souza na direita, o camisa 9 demorou para definir se chutava ou cruzava e, quando decidiu dar o passe a Nenê, este já tinha um paredão em cima da linha para impedir a finalização de estufar as redes - Kannemann, de carrinho, bloqueou a bola e evitou o segundo gol.
No ataque seguinte, os donos da casa não perdoaram o vacilo do adversário e empataram o duelo. Everton chamou Militão para dançar na esquerda, trouxe para dentro da área e chutou rasteiro, cruzado, no canto direito. Sidão ainda pulou na bola, mas não conseguiu impedir o gol gremista. "Fizemos o gol muito cedo e o time abaixou muito. Esse é o estilo de jogo e temos que subir a marcação para ficar como estávamos no começo do jogo", analisou Nenê.
O São Paulo teve chance de fazer outro gol cedo, na etapa final. Mas, desta vez, Marcelo Grohe pegou a finalização de Diego Souza logo no primeiro minuto. Foi a única chance dos paulistas.
O enredo foi semelhante ao da metade inicial do confronto. O Grêmio ficou o tempo todo com a bola e, com mais qualidade na articulação, conseguiu a virada. Em outra jogada individual, Everton levou a melhor pela segunda vez sobre Militão e bateu forte, no canto, sem chance para Sidão: 2 a 1.
Com o time muito nervoso - foram quatro cartões amarelos recebidos -, Aguirre ainda tentou mexer aos 31: colocou Lucas Fernandes e Gonzalo Carneiro nos lugares de Rojas e Nenê, respectivamente. Depois, trocou Reinaldo por Brenner. Mas o São Paulo não teve forças para buscar o empate e amargou sua segunda derrota no campeonato.
GRÊMIO 2 x 1 SÃO PAULO
GRÊMIO
Marcelo Grohe; Leonardo (Thaciano), Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Maicon (Jailson) e Cícero; Ramiro, Luan (Marinho) e Everton; Jael
Técnico: Renato Gaúcho
SÃO PAULO
Sidão; Éder Militão, Arboleda, Anderson Martins e Reinaldo (Brenner); Hudson, Liziero e Nenê (Gonzalo Carneiro); Rojas (Lucas Fernandes), Everton e Diego Souza
Técnico: Diego Aguirre
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)
Data: 26 de julho de 2018, quinta-feira
Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ)
Assistentes: João Luiz de Albuquerque (RJ) e Thiago Henrique Farinha (RJ)
Público: 21.829 torcedores
Cartão Amarelo: Hudson, Arboleda, Éder Militão, Joao Rojas e Everton (São Paulo); Leonardo, Kannemann, Cícero e Ramiro (Grêmio)
GOLS: Diego Souza, aos 3, Everton, 47min do 1ºT; Everton, aos 15min do 2ºT
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