
O único gol do jogo de ida da decisão da Copa Libertadores da América de 2017 comprovou que a política de contratações do Grêmio é bem-sucedida. Um lançamento do lateral direito Edílson foi desviado pela cabeça do atacante Jael, e a bola encontrou o pé do meio-campista Cícero antes de sacudir a rede. Em comum, os três jogadores têm um passado de rejeição em outros clubes.
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Foi uma reviravolta não só para Cícero, o rodado Jael e Edílson, que era bastante contestado por torcedores nos tempos de Corinthians. O Grêmio apostou em muitos outros atletas renegados, pejorativamente chamados de refugos, nos últimos anos e acabou recompensado.
Na outra lateral gremista, está o veterano Cortez, que ficou sem espaço no São Paulo em 2013 e acabou emprestado para Benfica, de Portugal, Criciúma, e Albirex Niigata, do Japão. Na direita, a opção a Edílson é o ainda mais experiente Léo Moura, de 39 anos, vindo de um rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro pelo Santa Cruz.
No comando do ataque do Grêmio, outro jogador aumenta a relação de renegados. O argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios foi alvo de alto investimento do Palmeiras, que quase não o aproveitou antes da transferência a Porto Alegre. Do rival Corinthians, veio o volante Cristian, que treinava separado dos seus companheiros em São Paulo.
Segundo o técnico Renato Gaúcho, o diferencial do Grêmio é a confiança transmitida por ele aos atletas menos badalados. A diretoria aponta que não se tratam de refugos, mas de reforços subaproveitados, garimpados pelo Centro Digital de Dados gremista como boas oportunidades no mercado. Hoje, todos são campeões da Libertadores.