COPA DO BRASIL
Após perda de mando, Grêmio confirma que vai recorrer de 'decisão absurda' do STJD
A princípio, Grêmio não poderá mandar finalíssima na Arena
Agência Estado
postado em 16/11/2016 21:13 / atualizado em 16/11/2016 21:34
Como era de se esperar, a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de tirar o mando de campo do Grêmio no jogo de volta da final da Copa do Brasil não foi bem aceita pelos dirigentes tricolores. Momentos depois do julgamento na sede da entidade, nesta quarta-feira, o clube divulgou um breve comunicado em que confirmava que entrará com recurso contra a punição.
O STJD puniu o Grêmio pela entrada em campo da filha do técnico Renato Gaúcho, Carol Portaluppi, ao fim do empate por 0 a 0 diante do Cruzeiro que garantiu a classificação da equipe gaúcha. De acordo com os auditores, o clube infringiu o artigo 213, inciso II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por "deixar de prevenir e reprimir invasão de campo ou local da disputa do evento".
"Sem dúvida, foi uma decisão fora da curva. Uma decisão extremada, absurda. O tribunal já havia julgado questões semelhantes, inclusive de torcedores que invadiram o gramado em comemorações, e não havia se utilizado de uma situação tão gravosa como foi para o Grêmio. Mas vamos usar o recurso para conseguir o efeito suspensivo. O torcedor do Grêmio pode ficar tranquilo. Compete ao clube aceitar essas decisões e manejar o recurso que equivale. É inesperado, porque se achava o julgamento bastante tranquilo", declarou o diretor jurídico do clube, Nestor Hein, à Rádio Gaúcha.
No último dia 2, Carol Portaluppi acompanhava a partida entre Grêmio e Cruzeiro do túnel da Arena quando foi chamada por Renato para ficar no banco do time gaúcho. Após o apito final, com a confirmação da classificação tricolor, ela entrou em campo abraçada com seu pai. O fato foi relatado na súmula pelo árbitro Thiago Duarte Peixoto, e na última quinta-feira o clube foi denunciado formalmente.
"O julgamento foi todo exótico, até porque a própria Procuradoria não pediu uma punição tão grave ao Grêmio. Em determinado momento do julgamento, foi decidido por essa punição gravíssima, considerando ordem de caráter pessoal para o técnico Renato e sua filha. Imagino que a justiça se fará. Todos têm seu dia infeliz. Hoje foi um dia infeliz da comissão. Não há precedentes para uma punição tão severa", comentou Hein.
Se o recurso do Grêmio não for aceito, o clube gaúcho terá que atuar fora da Arena na segunda partida da decisão da Copa do Brasil diante do Atlético, dia 30. O primeiro jogo, quarta-feira que vem, acontecerá no Independência. Além da perda de mando, o time tricolor será obrigado a pagar multa de R$ 30 mil.
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