Morreu nesta terça-feira (20), aos 72 anos, o árbitro José Aparecido de Oliveira, que atuou no futebol brasileiro na década de 1990.
Zé Aparecido, como era chamado, ficou marcado por uma polêmica na decisão do Campeonato Paulista de 1993, além de ter sofrido um episódio de racismo com Neto, na época, no Corinthians.
Segundo a 'Gazeta Esportiva', ele teve o rompimento de uma artéria no coração. Zé Aparecido começou a tratar um câncer em 1995, e desde então estava afastado do futebol.
Polêmica no Paulistão de 1993
Na decisão que tirou o Palmeiras da fila de 17 anos diante do Corinthians, o alvinegro tinha vantagem de 1 a 0 construída no jogo de ida, no Morumbi.
Na volta, Zé Aparecido expulsou três jogadores do Corinthians e um do Palmeiras, o que gerou muita discussão. O Palmeiras venceu no tempo normal por 3 a 0, e na prorrogação, marcou o quarto gol.
Episódio de racismo com Neto
Em 1991, novamente em um derby paulista, Zé Aparecido e Neto se estranharam. Recentemente, o ex-jogador e hoje apresentador revelou ter sido racista e cuspido na cara do árbitro por ter sido expulso na partida.
- Foi a maior covardia que eu já fiz. Fui covarde, sujo e racista. Se fosse branco eu cuspiria? Não. Quando eu cuspi, no Zé Aparecido, eu cuspi em um árbitro, negro e ele se f*, perdeu mais do que eu. O Neto ganhou para as pessoas. Não, eu fui o covarde, eu que tinha que pedir o perdão, para ele e para Deus. Eu pedi e ele me perdoou - disse, em participação no 'Mano a Mano', podcast comandado pelo rapper Mano Brown.
- Ele não estava dando faltas. Eu cheguei a falar 'você está de sacanagem Zé Aparecido'. Aí entrei forte no César Sampaio e ele me expulsou na hora. Eu ia dar um soco na cara dele, porque eu estava possesso na hora, mas para não dar o soco eu cuspi. Deveria ter dado um soco - relembrou.