A decisão foi tomada após os casos de racismo contra jogadores brasileiros no último fim de semana. Vini Jr, do Real Madrid, foi alvo de gestos e gritos racistas da torcida do Valencia no domingo (21). Um dia antes, no sábado (20), o goleiro do Ypiranga-RS Caíque Sá foi alvo de injúria racial por parte de um torcedor do Altos-PI em jogo da Série C.
A frase "com o racismo não tem jogo" será o grande lema da campanha. Os jogadores vestirão camisetas com a mensagem, que também estará presente nas faixas dos capitães, nas moedas utilizadas pelos árbitros, nas bolas dos jogos e nas placas de publicidade.
A CBF também anunciou que existe a previsão de uma manifestação dos atletas, que vão sentar em campo por 30 segundos em apoio à campanha.
– Essa é a mensagem potente que queremos passar para toda a sociedade. Com racismo, não tem jogo. Contamos com o apoio de cada torcedor. Racismo é um crime brutal e deve ser banido dos estádios. Basta de preconceito – afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
No comunicado, a CBF reforça que existe a previsão de punições por racismo que podem chegar até a perda de pontos no Regulamento Geral de Competições (RGC) para 2023.
Na ocasião do anúncio das novas regras, em março deste ano, Ednaldo afirmou que é importante punir esportivamente, mas que a CBF também enviaria a súmula do jogo para o Ministério Público e a Polícia Civil para que “o processo não morra apenas na esferas esportiva. E que os infratores também sejam punidos pela lei”.