Diniz e Barbieri, hoje com Fluminense e Vasco, respectivamente, são "rivais" desde o interior paulista
Adversários da noite deste sábado (6) no Maracanã, Fluminense e Vasco se enfrentam às 21h (horário de Brasília), e têm muitos motivos para cultivar a rivalidade de quase 100 anos. Fora de campo, além dos entreveros das instituições, há também uma certa disputa entre seus treinadores: da mesma geração, Fernando Diniz e Maurício Barbieri são "rivais" desde o interior paulista.
Briga entre Diniz e Barbieri
Em 2016, em um confronto pelo Campeonato Paulista, o Osasco Audax de Diniz bateu o Red Bull Brasil - não confundir com o Bragantino, do mesmo grupo -, de Barbieri, por 3 a 2.
Após o apito final, o hoje técnico do Vasco resolveu reclamar de "cera" dos seus adversários, e discutiu asperamente com o agora treinador do Tricolor na saída de campo. Por pouco, Maurício Barbieri não foi às vias de fato, e sobrou até para o zagueiro Velicka, do Audax.
Barbieri disse ter sido ofendido por Fernando Diniz. No meio da briga, o atual treinador do Vasco disse que seu adversário na noite de hoje "tinha que ter caráter".
- Só disse para ele [Diniz] que eu sempre o respeitei, porque ele me xingou na hora que reclamei com o árbitro da cera. Ele é bom treinador, mas ele precisa ter caráter. Eu tenho família, ele não pode me xingar - disse Barbieri, durante a confusão, para o SporTV.
Fluminense e Vasco brigam pelo Maracanã
Rivais históricos, Fluminense e Vasco voltaram a ter a relação estremecida nas últimas semanas. E o motivo é uma velha polêmica entre os clubes: o Maracanã. Tricolores e vascaínos, que já disputaram até lado de arquibancada, agora discutem pelo direto de uso do estádio.
Em recente entrevista ao Sportv, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, disse que o Vasco só quer jogar no Maraca em jogos que dão lucro. E afirmou que o Cruz-Maltino "destruiu o gramado" no jogo com o Palmeiras.
Desde o início da gestão do presidente Jorge Salgado, o Vasco tem brigado pelo direito de jogar no Maracanã. O clube de São Januário quer participar da concessão do estádio e quer participar do processo de licitação do Maraca, que foi suspenso, em março, pelo governo do Rio de Janeiro.
Enquanto isso, Flamengo e Fluminense têm resistido a ideia de dividir o local com mais um clube. Assim, o Cruz-Maltino precisou de liminares da Justiça para conseguir jogar no estádio recentemente.
Vasco não vence clássico há quatro anos
Embora tenha desvantagem histórica, o Fluminense não perde o clássico para o Vasco desde 2019. De lá para cá foram sete jogos, com quatro vitórias tricolores e três empates.
Os rivais não se enfrentam em decisões desde aquele ano - a última vitória do Vasco foi na final da Taça Guanabara - e o Cruzmaltino esteve na Série B em 2020 e 2021, reduzindo o número de confrontos.
Retrospecto é muito positivo para Diniz
Fernando Diniz costuma levar a melhor sobre Maurício Barbieri. Nas oito vezes em que se enfrentaram, o técnico do Fluminense levou a melhor em cinco.
Foram dois empates e apenas uma vitória de Barbieri -- os 4 a 2 com o Red Bull Bragantino, sobre o São Paulo, em 2021. Este jogo ficou conhecido pela discussão entre os velhos conhecidos Tchê Tchê e Fernando Diniz, quando o técnico chamou o volante de "mascaradinho".
Em um dos confrontos, inclusive, o Audax teve uma das maiores goleadas de sua breve história sobre o Red Bull Brasil, um 6 a 1, fora de casa, no Moisés Lucarelli, estádio da Ponte Preta em Campinas, onde o Toro Loko manda seus jogos.
Como Fluminense e Vasco chegam para o clássico
Apesar dos dois times virem de derrotas no Campeonato Brasileiro, o momentos dos times é diferente. O Fluminense chega embalado pelo bom começo de temporada e, principalmente, pela goleada histórica por 5 a 1 sobre o River Plate, no meio de semana, pela Copa Libertadores.
Já o Vasco, que vive um momento de reconstrução do clube e ainda de formação do time, vem de derrota por 1 a 0 para o Bahia. A equipe saiu sob vaias depois do resultado negativo, na última segunda-feira, em São Januário.