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'O racismo é menor porque o Pelé existiu', diz Cônsul da Costa do Marfim

Tibe Bi Gole Blaise afirmou que a África sofre com a morte do Rei do Futebol e levou um item tradicional para ser enterrado junto com o craque

04/01/2023 16:47 / atualizado em 04/01/2023 17:09
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Tibe Bi Gole Blaise, Cônsul da Costa do Marfim, entrega Kamandjê para Edinho, filho do Rei Pelé
foto: Reprodução/Instagram

Tibe Bi Gole Blaise, Cônsul da Costa do Marfim, entrega Kamandjê para Edinho, filho do Rei Pelé


Tibe Bi Gole Blaise, cônsul da Costa do Marfim, foi uma das autoridades presentes no velório de Pelé, Rei do Futebol, que aconteceu entre segunda (2) e terça-feira (3), na Vila Belmiro, em Santos (SP).
 
 

Em entrevista do lado de fora do estádio, Tibe Bi Gole Blaise, que também é membro da Organização das Nações Unidades (ONU), afirmou que “O racismo é menor porque o Pelé existiu”. Segundo ele, se não fosse o Pelé, nenhum negro estaria jogando futebol nos dias atuais. O cônsul disse ainda que "para a África, Pelé é tudo. É o melhor ‘neto’ que temos no Brasil”.
 

Blaise falou também que a morte do maior atleta do século XX fez a África sofrer e que por isso tinha ido ao velório, em nome dos ancestrais africanos. Ele levou, ainda, um manto vindo direto de seu continente para enterrar com o Rei.
 

Segundo ele, o é Kamandjê, que pode ser traduzido para “nobreza”, é uma mortalha africana e, tradicionalmente, é dado a um nobre, seja para presenteá-los ou enterrá-los.
 

Imagens do cortejo de Pelé

 

Pelé, o maior jogador de futebol da história, morreu na última quinta-feira (29), em decorrência de um câncer no cólon. Ele foi sepultado ontem, terça-feira (3), em Santos.


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