Casagrande diz que Kaká teria ido ao velório de Pelé se tivesse cachê
Ex-jogador e comentarista detonou campeões mundiais de 1994 e 2002, chamando-os de mimados; Tite, Neymar e jogadores da Seleção atual também não foram poupados
A guerra entre o ex-jogador e comentarista Casagrande e os pentacampeões mundias com a Seleção Brasileira, em 2002, parece longe de acabar. Nesta terça-feira (3), Casão utilizou sua coluna no UOL para voltar a detonar o ex-meia Kaká, que não compareceu ao velório de Pelé, que ocorreu durante 24h na Vila Belmiro, em Santos, litoral paulista.
No texto, Walter Casagrande chegou a afirmar que Kaká talvez fosse ao velório mediante o pagamento de um “cachê interessante”. “Cadê o Kaká, que falou que o brasileiro não reconhece seus ídolos? Pois bem, Kaká, depois do que vimos no velório do Pelé, ficou claro que quem não reconhece os grandes ídolos é você. Ou talvez você tivesse ido por um cachê interessante”, escreveu o ex-atacante do Corinthians e da Seleção Brasileira.
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Casagrande tratou de ressaltar que as críticas ao comportamento de Kaká e de outros ex-jogadores da Seleção Brasileira não partem somente dele, mas também de vários jornalistas.
“Mimados”
Os campeões das Copa do Mundo de 1994 e 2002 também não escaparam às críticas de Casagrande. O comentarista afirmou que a ausência dos ex-jogadores no velório de Pelé — somente Mauro Silva, atual vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, compareceu — se deve a Pelé tê-los criticado em algum momento durante os mundiais.
“Não vou generalizar, mas a grande maioria tem mágoa do Rei. Porque quando ele era comentarista da Band e, depois, da Globo, fez críticas em alguns momentos”, afirmou Casagrande. “O tempo passou, mas a mágoa desses mimados, não”, atacou.
O comentarista também tratou de relembrar alguns acontecimentos envolvendo ex-atletas da Seleção Brasileira e o Rei do Futebol. Casagrande citou a vez em que o ex-atacante Romário afirmou que “Pelé calado é um poeta”, e quando Cafu, em 2002, não aceitou receber a taça da Copa do Mundo das mãos do maior atleta do século XX.
Segundo Casão, a atitude de Cafu se deu por Pelé ter feito críticas à Seleção durante a Copa. “Mas aqueles jogadores também se magoaram. Tanto que, na hora da entrega da taça, o capitão Cafu se recusou a pegá-la das mãos do Pelé e mostrou, batendo a mão na plataforma em que subiu para levantar a taça, onde ele queria que o Atleta do século deveria colocá-la”, contou o ex-atacante.
Casagrande afirmou que a ausência de importantes nomes do futebol brasileiro no velório de Pelé é algo vergonhoso. Apesar das críticas, o comentarista reconheceu a atitude de Romário e Ronaldo, que enviaram coroas de flores à família do Rei e fizeram publicações nas redes sociais em homenagem ao ídolo.
A ausência de Tite, treinador brasileiro no Catar, e Juninho Paulista, coordenador de Futebol da CBF, também foi notada. “Os jogadores brasileiros devem tudo à existência do Pelé, porque foi ele quem colocou o jogador brasileiro no mapa do futebol mundial”, afirmou Casagrande.
Atletas como Kaká, Ronaldo, Rivaldo, Cafu e Roberto Carlos eram frequentemente vistos nos camarotes dos estádios sede, junto com demais autoridades políticas e esportivas.
Os ex-atletas também foram criticados por não comparecerem ao evento de homenagem organizado pela Conmebol no Catar. Na ocasião, o único ex-jogador que compareceu ao local foi o argentino Javier Zanetti.
Os pentacampeões, por sua vez, ironizaram as críticas de Casagrande, chamando-o de chato e desesperado, além de o detonarem num grupo de WhatsApp.