O Cruzeiro foi o primeiro time grande rebaixado no Campeonato Brasileiro a deixar escapar o acesso na temporada seguinte. Não confirmou o favoritismo em 2020. Desde a rodada final da Série B, os mineiros vêm treinando sob discurso de não repetir o vexame em 2021. Mas terão de buscar superação, pois a divisão de acesso desta temporada pode ser a mais dura da história, com até cinco campeões nacionais.
Com o iminente rebaixamento de Botafogo e Coritiba na atual edição do Brasileirão, já serão quatro campeões no acesso, onde se encontram o Cruzeiro e o Guarani. Além disso, há a possibilidade de o Bahia também cair. O campeão de 1959 e 1988 e duas vezes vice está seriamente ameaçado. O tetracampeão Vasco tem menos riscos, mas precisará lutar até a última rodada para evitar a queda.
Com orçamento menor e um eleito enfraquecido justamente pela redução das receitas, sobretudo as cotas de televisão e a falta de torcida no estádio, o Cruzeiro terá de dividir o favoritismo e pode, mais uma vez, sofrer acima do habitual.
No fim do mês iniciam os Estaduais e o Cruzeiro já falou que usará a competição para treinar para a Série B, o que pode ser um fator positivo. Largará à frente da concorrência no quesito entrosamento. Trouxe o técnico Felipe Conceição e efetivou Belletti na função de auxiliar técnico. "Queremos montar um time com perfil vitorioso", afirmou o novo comandante, que disputou a divisão de acesso com o Guarani e sabe das dificuldades da competição.
Trabalhar desde já pode fazer a diferença pelo fato de Botafogo e Coritiba, caso caiam mesmo, terem de passar por reformulação que retardará a preparação para a divisão de acesso. Bahia e Vasco nem pensam na queda e prometem buscar a salvação.
Além dos campeões, a Série B de 2021 ainda terá outros times que já disputaram a elite nacional não faz muito tempo, casos da Ponte Preta, do Vitória, vice em 1993, e dos recém-promovidos Vila Nova e Remo, que prometem dar trabalho.
Em uma bolsa de apostas, acertar quais equipes subirão para a elite de 2022 será missão das mais difíceis. De certo é que os gigantes terão enorme trabalho e a disputa promete ser muito acirrada, como há tempos não vemos.