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Mais uma vez, o campeonato pode sagrar o primeiro time bicampeão, já que nas seis edições anteriores, foram seis campeões diferentes. Isso mostra o equilíbrio das equipes, que ainda não conseguiram criar uma soberania na categoria. Chegando como favoritos, a dupla de grandes paulistas formada por Corinthians e Santos encabeça os times que se deve ficar de olho. Além deles, Ferroviária e Kindermann também devem brigar pelo título.
Eleita craque do Brasileirão 2017, a atacante Adriana, do Corinthians e da Seleção Brasileira garantiu que o time vai lutar por mais um campeonato já que o time buscou manter o nível alto que mostrou na temporada passada. "Primeiro mantivemos a base campeã do ano passado, e as peças que chegaram foram boas também, encaixaram no nosso esquema de jogo. Então, não dá para falar que vamos ser campeã, porque é difícil, é um campeonato longo. Mas pode ter certeza que vamos estar na briga pelo título", disse.
Quem se junta à Série A1 do campeonato em 2019 é o Internacional, que herdou a vaga do Rio Preto, que desistiu de participar; o Minas Icesp, do Distrito Federal, grande campeão da Série A2 e; o Vitória, que foi à final e ficou com o vice, em 2018.
A partir desta temporada, nas Séries A1 e A2 vai ser possível encontrar clubes que jogam o Brasileirão masculino, já que a CBF agora exige que para um time participar da elite do futebol nacional, ele deve ter a equipe feminina também jogando profissionalmente. Tal exigência pegou muitos clubes desprevenidos e garantiu uma confusão no Campeonato Feminino antes mesmo de começar.
O Sport desistiu de participar da Série A1 a menos de dez dias para o início do campeonato, fechou o departamento de futebol feminino por questões financeiras e logo voltou atrás, dias depois, por medo de ser punido pela CBF no time masculino. A confusão sobrou para o Vitória-PE, que herdaria a vaga do time Rubro-Negro, mas que no final das contas, continuou na A2.
O desafio de elevar o nível do jogo entre as mulheres segue sendo um obstáculo, principalmente pelo profissionalismo presente no masculino ainda estar distante do departamento feminino. Essas questões ficam escancaradas com o tipo de problemas que surgem nas vésperas de começar o campeonato feminino mais importante do país. Além disso, em 2019 o desenvolvimento da modalidade precisar ser uma exigência para clubes de tradição invistam nas mulheres chega a ser tragicômico.
Mesmo que a passos lentos, no entanto, o Brasil tenta se organizar para dar a visibilidade que o futebol feminino merece. E enquanto alguns clubes ainda não levam a sério, existe também um trabalho muito sério feito na medida do possível e que pode ser visto com grande evolução no Brasileirão. E a partir deste sábado, mais um capítulo do jogo e da luta das mulheres tem início.