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CASO DANIEL

Justiça inicia audiências para investigação do assassinato do jogador Daniel

Seis pessoas são acusadas pelo assassinato do jogador

postado em 18/02/2019 18:17 / atualizado em 18/02/2019 19:26

<i>(Foto: Reprodução/redes sociais)</i>
O caso do assassinato do jogador Daniel, ex-Cruzeiro, São Paulo, Botafogo e Curitiba, começa a ganhar novos capítulos. A juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, dará início às audiências relativas ao processo que investiga as circunstâncias da morte de Daniel.

Os depoimentos serão divididos em partes distintas. Em um primeiro momento, serão ouvidas as testemunhas de acusação, em especial o homem que procurou a Polícia Civil para acusar que Edison Brittes Júnior era o responsável pelo assassinato do jogador. O depoente é conhecido apenas como "mineiro". Depois, a mãe do atleta, Eliana Aparecida Correa Freitas, deverá ser ouvida pela juíza.

Na segunda parte, as testemunhas de defesa darão sua versão oficial sobre o ocorrido na ocasião da morte de Daniel. Então, os réus serão ouvidos e, então, a oficial de justiça irá decidir se os julgados irão ou não a juri popular.

As seis pessoas que são acusadas pelo assassinato do jogador e que estão presas desde novembro do ano passado são: Edison Brittes Júnior, autor confesso do crime, Cristiana Brittes, esposa de Edison, Allana Emilly Brittes, filha do casal, Eduardo Henrique da Silva, Ygor King e David Vollero Silva. Evellyn Brisola Perusso, que era a mulher com quem Daniel estava se relacionando, também é ré na ação, porém é a única que responde em liberdade.

À época do acontecimento do crime, Edison Brittes confessou que matou o jogador após ele tentar estuprar a esposa, porém o Ministério Público do Paraná em conjunto com a Polícia Civil chegaram à conclusão de que a tentativa de estupro nunca aconteceu.

Relembre o caso – No dia 27 de outubro de 2018, Daniel, que estava emprestado ao São Bento, foi à festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, na boate Shed, em Curitiba. Após a comemoração, o jogador foi convidado para a casa da família Brittes, onde a festa continuou. Daniel então enviou fotos e áudios a um amigo, dando a entender que teve relações sexuais com Cristina Brittes, mãe de Allana e marido de Edison.

No dia seguinte, o corpo do atleta foi encontrado em um campo aberto de São José dos Pinhais, próximo à Curitiba, com o pescoço degolado e o pênis decepado. Três dias depois, Edison Brittes se entregou à Polícia e admitiu ter matado Daniel. Ele afirmou que encontrou o jogador em seu quarto tentando estuprar sua esposa.

Nesse momento, Daniel foi espancado por Edison e três outras pessoas que estavam na casa naquele momento, sendo levado depois, já inconsciente, ao porta mala do carro do agressor. Segundo a versão de Edison, ele pretendia apenas deixar o jogador abandonado em algum local descampado. Porém, ao ver as mensagens que Daniel havia enviado para seu amigo, perdeu a cabeça e utilizou uma faca que já estava no carro para assassiná-lo.

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