O Palmeiras, campeão brasileiro em 2018, foi o maior vencedor da tradicional Bola de Prata, que premia desde 1970 os melhores jogadores do torneio nacional. Idealizada pela Revista Placar e hoje promovida pelos canais ESPN, a premiação foi realizada no início da tarde desta segunda-feira, em São Paulo, e coroou o meia-atacante Dudu como melhor atleta da competição, além de outros três palmeirenses em suas respectivas posições.
Vice-campeão, o Flamengo emplacou dois jogadores entre os vencedores. Assim como os gaúchos Internacional e Grêmio, terceiro e quarto colocados, respectivamente. Já o Santos, que terminou no décimo lugar, assegurou ao menos um atleta premiado.
No final, a seleção da Bola de Prata foi formada por Weverton; Mayke, Victor Cuesta, Pedro Geromel e Renê; Rodrigo Dourado, Bruno Henrique e Dudu; Lucas Paquetá, Everton e Gabigol.
Principal garçom do Brasileirão, com 13 assistências, Dudu também ajudou o Verdão com sete gols. Números que o credenciaram ao status de melhor jogador do torneio. Após ouvir gritos de “fica”, o camisa 7, com potencial de receber boas propostas na janela de transferências de janeiro, se emocionou durante o seu discurso no palco.
“Estou muito feliz. Agradeço a todos que me ajudaram nesta minha caminhada. Cheguei no Palmeiras para conquistar esse prêmio, é o sonho de todo jogador estar ganhando a Bola de Ouro. Tenho de agradecer ao Felipão, que me ajuda desde o Grêmio, ao torcedor palmeirense. Espero estar aqui no ano que vem de novo, jogar em um grande clube te proporciona isso”, afirmou o atleta, que participa da premiação pela terceira temporada seguida.
“É um Dudu mais maduro, mais experiente, que procura sempre defender o Palmeiras com muita vontade. É o terceiro ano consecutivo em que ganho a Bola de Prata. É muito difícil isso acontecer num campeonato com grandes jogadores e times”, vibrou o Dudu.
O palmeirense Luiz Felipe Scolari recebeu o Troféu “Telê Santana” de melhor técnico da competição. O gaúcho de 70 anos voltou ao clube no fim de julho e, desde então, promovendo um rodízio de atletas, a equipe não perdeu mais no campeonato, ostentando uma invencibilidade de 23 jogos.
“Os jogadores passaram a acreditar mais nas nossas propostas e isso foi fundamental para adquirirmos uma forma de jogos, nos deu uma identidade. Todos se sentiram valorizados com as mudanças que fomos fazendo. Isso foi o que nos levou à conquista do Brasileiro”, analisou Felipão.
Gabriel Barbosa, do Santos, recebeu a taça de artilheiro da competição ao marcar 18 gols, cinco a mais que o segundo colocado, Ricardo Oliveira. “Fico feliz por estar na seleção do campeonato. Divido esse prêmio com meus companheiros. Sem eles, isso não seria possível. Foi um ano muito bom para mim, aumentei minhas médias de gol num campeonato difícil”, celebrou o jogador, que não deverá ficar no clube da Baixada em 2019.
Com a Bola de Ouro, Dudu se iguala ao volante César Sampaio e ao meia Djalminha, ambos aposentados, além do atacante Gabriel Jesus, que, jogando pelo Palmeiras, conquistaram as edições de 1993, 1996 e 2016, respectivamente. O camisa 7 do Verdão herda o troféu do ex-corintiano Jô, vencedor do ano passado após ser heptacampeão nacional pelo clube arquirrival.
Novidade
A edição 2018 da Bola de Prata ainda apresentou uma novidade. Rafael Traci foi laureado como melhor árbitro do Brasileiro. O curitibano apitou 18 jogos ao longo da competição. “É muito gratificante estar recebendo um prêmio como árbitro. Não há muitas premiações para nós. Ficamos bem felizes com o reconhecimento do trabalho”, afirmou.