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Segundo o Estado apurou, o recurso de vídeo só não será implantando na próxima rodada se houver algum empecilho de ordem técnica. Lucas Brud, porém, alerta que a CBF ainda precisa passar pela International Board para obter o sinal verde. "Temos de confirmar se o trabalho preparatório foi realizado principalmente no que se refere ao treinamento dos árbitros", explicou. De acordo com ele, o pedido pode ser feito enviando vídeo clips dos juízes em questão.
O secretário-geral fez questão de elogiar o "bom trabalho" da CBF na preparação da tecnologia. "Principalmente considerando o tamanho do país e da diferença de infraestrutura que existe entre os estádios do país, acredito que o trabalho tem sido bem feito", afirmou.
Lucas Brud também indicou que a entidade não vê problemas em adotar a tecnologia inicialmente para apenas alguns jogos e, aos poucos, expandir para todo o torneio. Na CBF, essa é a tendência para permitir que, gradativamente, a novidade passe a fazer parte da realidade do futebol nacional. "Na Polônia, a tecnologia está sendo implementada aos poucos", disse. "Começaram com um jogo a cada semana e, agora, passaram a ter dois", completou.
No total, a International Board acompanha um total de 20 torneios em 17 diferentes países. Mas o projeto ambicioso da entidade é de ampliar esse número de forma significativa a partir de 2018.
APROVAÇÃO
Em março, a entidade vai se reunir para tomar uma decisão final se introduz ou não a tecnologia. Na Fifa, porém, a entidade já trabalha com um cenário de que o vídeo será uma realidade a partir do ano que vem.
Lucas Brud não esconde o entusiasmo com a possibilidade de a revolução passar a valer. "Até agora, estamos muito além de onde pensávamos que estaríamos no desenvolvimento da tecnologia", comemorou. "Os testes foram melhor que pensávamos. O que sim ocorre é que, em alguns países, por questão cultural, existe uma expectativa de que tudo seja perfeito desde o primeiro instante. Trata-se de algo que terá suas dores de crescimento. Mas vamos evitar escândalos e estamos no caminho certo", garantiu.
Para ele, o maior desafio não está na tecnologia. Mas na reação popular. "Nosso maior desafio é a aceitação do público", admitiu.