“Nós sabíamos que seria polêmica a contratação do Bruno, principalmente pelo seu passado. Mas eu tenho que pensar no ser humano. O Boa não é um tribunal de Justiça. O Boa é uma empresa que tem os seus segmentos, e estes segmentos dão as oportunidades ao próximo. Sabíamos as dificuldades que traríamos pra nós, mas tomamos a decisão certa”, disse Moraes, presidente do Boa.
“Abrimos as portas para que ele possa ter um recomeço. A gente sabe que não vai ser fácil. Ele está há sete anos sem entrar em campo, mas a gente vai dar toda oportunidade para que ele possa ter seu recomeço como jogador de futebol e ser humano”, acrescentou o dirigente.
Com a contratação de Bruno, o Boa Esporte perdeu cinco apoiadores. Atualmente, a principal fonte de receita vem dos direitos de TV. Ao todo, a rede Globo paga R$ 4,1 milhões pelas transmissões das partidas do Boa na Série B do Brasileiro. Mas o presidente Rone Moraes promete um novo patrocinador máster até a próxima segunda-feira. “Tem a questão dos patrocinadores, sabemos que as empresas têm filosofias, e respeitamos. No mais tardar até segunda nós já estaremos anunciando outro patrocinador máster”, disse.
Bruno pode estar em campo até mais rápido do que se imagina. Ele ficou preso por mais de seis anos, mas tem boas condições físicas. “De acordo com a nossa comissão técnica em torno de 30, 40 dias ele (Bruno) estará apto a fazer sua estreia. Com relação ao contrato, já está tudo certo, e a gente espera que o mais rápido possível ele possa estar apto a ajudar a nossa equipe dentro de campo”, disse o presidente.
Apesar da polêmica, os jogadores do Boa Esporte parecem ter compreendido a contratação do goleiro Bruno. Pelo menos é isso que diz o presidente Rone Moraes.
“Conversei com jogadores mais experientes e antes da contratação dele e todos estão conscientes e vão recebê-los bem. O que aconteceu na vida do Bruno faz parte da vida dele, temos que pensar daqui pra frente, a gente tem que dar oportunidade para o ser humano. Não estou aqui para julgar. O Bruno está aqui porque conseguiu a liberdade dele na maior corte do país e se ele conseguiu retornar à vida social eu não tenho direito de julgá-lo. Posso dar uma oportunidade para que ele possa seguir a vida dele”, afirmou Rone Moraes.